O Papa Francisco diz que está
estudando, ora sozinho, ora com cardeais, a questão da obrigatoriedade do
celibato para padres na Igreja do Ocidente (na ortodoxa, padres podem
casar-se). Eis
AQUI uma notícia palpitante e alvissareira, cujo corolário é: “Vem aí uma enxurrada de padres!”...
Porquanto se a Santa Mãe Igreja abolir a obrigatoriedade do celibato, eu mesmo,
e nós mesmos (católicos casados na Igreja), iremos ser padres para ajudar na
seara do Senhor. Assim sendo, vocês podem imaginar o vertiginoso aumento no
número de padres? Podem sacar que isso incomodará profundamente o
Protestantismo, que verá muita gente saindo de suas igrejas e muita gente não
mais entrando, já que uma boa parcela de quem decide entregar-se aos cultos
evangélicos não passa de católicos
casados que não podem ser padres, e assim viram pastores!... Enfim, é o
raiar de um lindo dia este que se apresenta para nós na hipótese de revisão da
obrigatoriedade do celibato para padres. Todavia, por outro lado, é bom que se
conheça, desde já, dentro dos aspectos ou razões da obrigatoriedade vigente (em
vista da grande confusão que o tema suscita no mundo inteiro, sobretudo no meio
da cristandade), aquilo que constitui, com exatidão bíblica, o
grande motivo de a Santa Sé ter assumido e mantido o celibato. É o seguinte.
Neste mundo corrompido e imoral, onde todas as relações humanas estão
contaminadas pela perversão
do instinto sexual, não existe nenhuma razão, no coração masculino, para
negar uma concessão à sensualidade e à intimidade da mulher, a qual está em
posição de domínio em todas as circunstâncias sociais, pelo atual culto ao
corpo e pela virtual entronização do sexo como maior veículo de felicidade na
Terra. Do jeito que as coisas estão, a sedução erótica da mulher vence todos os
jogos e domina todos os espaços, deixando a rejeição ao sexo como coisa idiota
ou doentia, e assim o sexo vai ganhando cada vez mais espaço, poder e voz.
Logo, qualquer que seja o homem atual que rejeite o sexo, será tido por
lunático, doente ou coisa pior, e a rejeição a uma mulher é simplesmente
impensável. É aqui que entra o celibato, como único instrumento espiritual de
rejeição à sedução feminina, capaz de dar à mulher a seguinte resposta: “ora, você é linda e sensual e quer transar
comigo, mas eu ainda assim te rejeito porque jamais negarei a minha promessa de
castidade feita ao próprio Deus!”. Esta é a única resposta que só um
celibatário pode dar, sem parecer maricas, idiota ou psicótico. Louve-se
portanto, aos verdadeiros padres que, vencendo toda a fraqueza da carne, puderam e podem se manter íntegros,
negando a qualquer mulher o espaço para a presunção de se achar irresistível.
