SALA DE LEITURA DA EAT

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Vê-se CS Lewis no Quadro Central, ladeado por seus livros, o Busto de MacDonald à direita e a "Vela do Saber" acesa.

domingo, 10 de janeiro de 2010

A RAZÃO PROFUNDA DA COMPULSÃO SEXUAL


A RAZÃO PROFUNDA DA COMPULSÃO SEXUAL
Como CS Lewis revelou e explicou a origem do sexocentrismo moderno


O fato público e notório da exacerbada obsessão com que os homens se hipnotizam com o sexo faz gritante contraste com a ignorância crassa acerca da razão precípua dessa obsessão”. Ou seja, ao tempo em que todo mundo vê a fome irresistível do orgasmo, a rigor ninguém descobriu o motivo profundo de tal sofreguidão se constituir em verdadeiro vício vexatório. Ninguém, vírgula, perdão, somente um viu. De quem se trata? Quem teria tido tal lucidez e isenção?
Trata-se de CS Lewis, o ilustre mestre cristão irlandês. De origem e época tão filosoficamente distantes de nós, ele foi aquele que deu a resposta para a vergonhosa compulsão sexual que infesta todas as mídias da Era das Comunicações. E ele o fez de modo tão belo e tocante que mereceu, literalmente, uma canção de homenagem à sua luminosa inspiração (ouça a canção legendada no link fornecido ao final).
O que CS Lewis alegou? Nas palavras dele, a resposta está aqui: “...‘As criaturas não nascem com desejos que não possam ser satisfeitos. Um bebê sente fome; pois bem, existe uma cousa chamada alimento. Um patinho deseja nadar; pois bem, existe uma cousa chamada água. Os homens sentem o desejo sexual; pois bem, existe uma cousa chamada sexo. Agora, se encontro em mim um desejo que nenhuma experiência deste mundo pode satisfazer [nem mesmo a sexual], a explicação mais provável é que eu fui feito para um outro mundo!’. Assim, se nenhum dos prazeres terrenos o satisfaz, isso não prova que o universo seja uma fraude. Provavelmente, os prazeres terrestres nunca foram destinados a satisfazê-lo, mas unicamente a suscitá-lo, a sugerir ou insinuar esse verdadeiro bem. ‘Se assim é, é preciso tomar cuidado, de um lado, para nunca desprezar ou mostrar-me ingrato para com essas bênçãos terrenas e, de outro lado, para não as confundir com a verdadeira ‘coisa’ da qual elas não passam de uma espécie de cópia, ou eco, ou miragem ingrata’.” [Colchete e grifos nossos].
Assim Lewis descortina a verdade sobre a compulsão sexual: ela é produto da falta e da saudade profunda da Alegria do Paraíso, perdido na tresloucada decisão que gerou a Queda do Homem, momento divisor de águas de toda a História universal. Ali, quando a Humanidade decidiu, por livre e espontânea vontade, apostar que poderia ser feliz “sem um deus que lhe ditasse regras” (grosso modo), perdeu de vez o vínculo com o Prazer profundo e auto-suficiente que o Amor Divino proporciona, fazendo surgir no seu lugar, no vazio da ausência de Deus, uma fome louca de compensação psíquica para a solidão de sua alma, a qual a rigor o sexo jamais satisfaz (por óbvio: por ser um veículo de prazer físico, jamais pode preencher o vazio espiritual da ausência de Deus).
Eis aí explicada a exacerbada e luxuriosa fome de sexo que se vê em toda a Mídia e em toda parte nos 4 cantos do mundo, destruindo a moralidade e infringindo leis, que vão da simples pornografia à pedofilia.
Triste (sub)mundo este nosso, que seqüestra os melhores anos da infância e da adolescência, obrigando crianças e jovens à precocidade nas piores taras da vida adulta, e pondo em dúvida a durabilidade desta civilização. Triste planeta este nosso, que lembra o trecho de outra linda canção que dizia “um asteróide pequeno que todos chamam de Terra”. Mas é com a música que homenageou a inspiração de CS Lewis que encerramos esta reflexão.


Prof. João Valente de Miranda.

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