Afora os problemas que todo mundo sabe constituírem o foco
de todas as políticas públicas da área da Educação, o ensino em nosso país
enfrenta outros dilemas aparentemente insolúveis, devido sua origem numa má
educação de berço, onde a sociedade inteira não foi preparada para um
ambiente de cultura e maturidade intelectual. Referimo-nos à deficiência ou
falta absoluta de consciência cívica no povo brasileiro para lutar pelo bem da
Pátria (isto até soa démodé) ou pelo menos por um bem comum, capaz de
melhorar a vida de todas as famílias neste tão rico território. Observa-se a
falta deste elemento em toda parte, e não é preciso esforço algum para ver
homens de paletó jogar papel fora da lixeira, diminuir a velocidade do carro ao
ouvir uma buzinada atrás de alguém que tinha uma pressa justa, vizinho perder
nossa chave de fenda porque nunca comprou uma, enfim, um emboléu de
desorganizações que põem em risco todo o mecanismo do progresso. Mas exemplos
mais tristes mesmo são aqueles que ocorrem na hora em que se pensa em
organizar as coisas! Basta que alguém pense em chamar os condôminos para
uma assembleia, o chefe chamar os subordinados para uma palestra fora do
expediente, ou o professor pedir a presença completa dos alunos além do horário
de sua aula, para que se veja a desordem maquiavélica em tais ocasiões! E a
balbúrdia se faz assim: nem todos comparecem, vários chegam atrasados, outro
tanto sai antes de acabar, ouve-se sem atenção alguma, conversas ocorrem no
meio da palestra, ninguém anota nada (porque esqueceram papel e caneta),
explicações são interrompidas, perguntas fora de contexto, etc. Enfim, se o
leitor agora pode visualizar bem a que tipo de desordem nos referimos, então
poderá entender porque um dos piores dramas da Educação em nosso país é
justamente o esvaziamento ou menosprezo das chamadas “reuniões de pais e
mestres”, nas quais toda a vida escolar dos alunos deve ser tratada, e os
pais deveriam ajudar e incentivar, já que se trata de um bem enorme para seus
próprios filhos! É uma tristeza profunda constatar isso, e nossa própria Escola
só não passa por este drama por duas razões: somos todos adultos, e adultos treinados
na arte da organização de encontros! E para o leitor ver a quantas anda o
destrambelho nas instituições brasileiras, esta Escola pede que leiam o que vai
NESTE
link. Tire suas próprias conclusões e veja se consegue não desanimar com
esta dura realidade.
sábado, 12 de outubro de 2013
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