SALA DE LEITURA DA EAT

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Vê-se CS Lewis no Quadro Central, ladeado por seus livros, o Busto de MacDonald à direita e a "Vela do Saber" acesa.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

“A Prosa Profunda dos Paradoxos da Profecia”



Ouvindo o galo cantar no poleiro certo do coração petrino, um monge beneditino deu a resposta mais contundente ao discípulo que não conseguiu dirimir a dúvida final acerca da necessidade de pertença a uma denominação cristã. Neste post, oferecemos com prazer o foco central do argumento dado pelo monge, o qual pode ser entendido como o resumo mais simples de uma conversa de quase 3 horas de duração, ocorrida há quase 100 anos. Ipso facto, como a Escritura diz que nenhuma profecia provém de interpretação particular, no meio da conversa ouviu-se o seguinte:
Os protestantes ora pensam que os padres não conhecem as Escrituras (e por isso deveriam lê-la e estudá-la com profundidade); ora pensam que eles a conhecem, mas a interpretam mal (e por isso os padres admitiriam o uso de imagens nos templos, do próprio Cristo no pão e do Purgatório na vida além-túmulo) [Ressalte-se que esta visão protestante acerca dos padres às vezes é aplicada até ao papa! – embora com o papa Francisco temos visto manifestações impressionantes: vide foto]. Ora, há uma enorme confusão aqui, pois os próprios evangélicos defendem que a Revelação não provém de interpretação particular e se esquecem que a interpretação de Lutero se enquadra perfeitamente neste sentido, e foi muito posterior à interpretação católica de 2000 anos. Então alguém teria que perguntar: qual das interpretações está certa? A mais velha – a católica – ou a mais nova, de Lutero? Ora, se para cada um dos dois grupos ambas estão corretas, então como avaliar qual das duas merece mais confiança lógica? É óbvio que uma ideia mais antiga, e (por isso mesmo) respaldada num número maior de defensores, teria muito mais chance de estar certa e dar uma resposta mais precisa para o amontoado de paradoxos da Revelação. E justamente isso, os paradoxos enxergados pelas diversas interpretações, é que se tornam a chave-mestra para abrir este intrincado labirinto. Logo, encarar de frente a chuva de paradoxos que constitui a Escritura Sagrada é a pedra-de-toque para se filiar de vez à Igreja Católica; pois, sendo a mais velha do Cristianismo, foi também a que ao longo de um tempo MAIOR dedicou mais mentes a decifrar todos os enigmas e a encontrar os equilíbrios necessários à posse da interpretação mais adequada, deixando O Único Caminho livre e iluminado para a melhor decisão humana de pertença ao Cristianismo”. Bastaria, por exemplo, ler um Chesterton para deduzir isso tudo. PS.: Dada a quantidade de conceitos e significados aqui empregados, recomendamos ao leitor uma releitura do texto acima, para evitar a perda de algum sentido mais escorregadio entre as palavras.

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