SALA DE LEITURA DA EAT

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Vê-se CS Lewis no Quadro Central, ladeado por seus livros, o Busto de MacDonald à direita e a "Vela do Saber" acesa.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

A propósito dos mundos subterrâneos




CS Lewis expôs sua espantosa crença em mundos subterrâneos em pelo menos duas ocasiões distintas, em duas obras tidas por ficcionais pelo grande público (não pelos “íntimos”). Foi quando mostrou o esconderijo da serpente-feiticeira no livro “A Cadeira de Prata”, quando um príncipe narniano foi aprisionado pelo encanto diabólico da beleza e sensualidade de uma mulher estonteantemente bela que andava pelas estradas de seu reino. Já o reino dela, o reino da cobra, era embaixo da terra, por lugares tão grandes e profundos que não é possível desdizer a crença de Lewis de que os planetas são ocos, como alegava James E. Lovelock. Numa outra obra de Lewis, agora o livro Perelandra, o Dr. Fisher King chegou a ver, com seus próprios olhos, as enormes galerias dos mundos subterrâneos, apontando inclusive para séquitos grandiosos de criaturas (com coroas na cabeça) que poderiam muito bem ser chamadas de “deuses”. Enfim, acerca de mundos subterrâneos, talvez o leitor não saiba que, mesmo dentre escritores brasileiros, as histórias com aventuras embaixo da Terra não são raras, e nós da EAT vimos aqui prestigiar uma em particular, a excelente obra de ninguém menos que o senador Cristovam Buarque de Holanda, chamada “Deuses Subterrâneos” (1994), na qual há uma raça de homens-deuses que domina o submundo, e outra na superfície da terra, os andróides-homens, na qual se antevê, a cada passo, um confronto apocalíptico pós-milenista muito bem narrado em primeira pessoa. Ali, a perícia de Buarque é tão perfeita que o leitor é levado a entrar e sair de discussões filosóficas (sem nem sentir seu peso, de certa maneira), tão entranhadas estão elas no enredo. Mais que isso: a interrogação sobre a origem do homem, a questão da autonomia do ser ante a ação dos deuses, os fundamentos da ciência, a função da arte, são temas que emergem da narrativa, na condição de pertencentes ao enredo ou ao fio condutor central, e não como componentes marginais da história divulgada. Do mesmo modo, temas candentes da contemporaneidade, como a questão ecológica, as relações entre o homem e a máquina, os fundamentos político-econômicos da Nova Ordem Mundial que se vai instaurar, servem à urdidura da narrativa de forma harmoniosa com sua trama ficcional. E o que vemos nessa trama? Entre outras coisas, um pequeno grupo de cientistas e estudantes indo atrás de um lugar subterrâneo, “um lugar de origem”, ao qual a mente humana permaneceria conectada, não por circuitos míticos nem mágicos, mas por uma matriz informatizada cuja memória provém dos deuses/homens originais. Os relatos míticos que o recobrem, contudo, servem magnificamente ao propósito dos deuses de atrair alguns homens que lhes interessam (a Elite-chefe do Governo Oculto do mundo), para esses subterrâneos. Por último, é uma obra portentosa, que todo leitor da EAT deveria ler. E mais, por falar em subterrâneos, homens-deuses, governo oculto, etc., vem bem a calhar com a revelação dos ufólogos de que existem de fato bases subterrâneas nos EUA, Europa, Rússia, China, etc., nas quais os militares conviveriam e trabalhariam como auxiliares ou subordinados de alienígenas. Enfim, aqui está mais uma obra para nossa agenda de leituras.

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