No último dia 1o de Abril, o IG-News de São Paulo publicou
uma matéria intitulada “Mentir é fundamental e indica evolução”, e em seu
interior apresentou argumentos extremamente lógicos, e porque não dizer, válidos
para fundamentar suas assertivas. E assim, diante do exposto, os cristãos
(sobretudo alguns reformados pouco instruídos) certamente ficarão atordoados
ante o choque frontal das evidências, e ainda mais quando se lembrarem que
Cristo fez algumas declarações pra lá de complexas, ora comprometedoras, ora
conscientizadoras da mentirologia humana (veja Lc 16,1-8; Jo
2,24-25; etc.). [CLIQUE NAS IMAGENS PARA VER AMPLIADO].
Porquanto o verbo ‘mentir’ não deve ser nem louvado (como
fazem os idealizadores da
Sociobiologia
e como faziam alguns libertinos que viam a mentira como um meio de ampliar sua
autonomia edonista) nem demonizado, como muitos cristãos o fazem tão única e
exclusivamente porque se lembram de ouvir a Bíblia chamar Lúcifer de “O Pai da
Mentira”. De fato, Satanás é o autor
da Mentira mais letal para a perdição
da Humanidade (a mentira dupla do ateísmo que não crê na existência de Deus
e nem nele mesmo, o diabo, e por isso “bebamos e comamos à vontade” -
Lc 12,19-20) e para a infernal situação humana da
egolatria, que é a mentira mais destrutiva para a sobrevivência das almas.
Entretanto, raciocinando nos termos
deste
artigo publicado no site da IG, a Mentirologia comporta um sentido da
mentira que não pode ser descartado como obra estrita do diabo, uma vez que
caracteriza uma situação social que o próprio Jesus pode ter enfrentado. Isto
posto, deve-se levar em conta que
nem todas as verdades podem ser ditas
a todo mundo, e Jesus sabia muito bem disso, tanto é que explicou aos apóstolos
que a eles eram ditas certas coisas, e às multidões não (
Mt 13,10-17). Logo, um jogo extremo de utilização de
estratégias habilidosas e camufladas pode e
deve constar do currículo prático dos soldados de Cristo, uma vez que em todas
as guerras a primeira vítima é a verdade, inclusive a de Deus (Jesus uma vez
disse uma coisa chocante que abalou os crentes e ainda hoje é interpretada
apenas como uma hipérbole didática, sem maiores implicações... Mas pode não ser
só isso! Veja em Lc 16,8). Nas missões evangelizadoras, o cristão deve trocar
uma verdade por uma delicadeza – sempre que possível –, ou por uma expressão
mais amena – muitas vezes necessária –, e também usar de muitas omissões
propositais de declarações chocantes, as quais tendem muito mais a afastar do
que a aproximar almas do aprisco do Cristianismo. Enfim, o uso do bom senso, na
totalidade dos casos, geralmente termina bem, e faz a Palavra de Deus não
voltar vazia do coração que a ouve nas primeiras aproximações da Verdade.