SALA DE LEITURA DA EAT

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Vê-se CS Lewis no Quadro Central, ladeado por seus livros, o Busto de MacDonald à direita e a "Vela do Saber" acesa.

sábado, 25 de maio de 2013

"Vocabulário pobre, raciocínio curto"...


O título deste post bem poderia ser “quem não lê perdeu os óculos da fé”. É um título que parece ditado popular ou sabedoria de pedante, mas não deixa de revelar uma contundente verdade. E pior, isto está sempre batendo à nossa porta, seja como “vítimas” (quando se fala e escreve mal), seja como autores, quando nos defrontamos com situações onde nosso interlocutor machuca nossos ouvidos com palavras ou “concordâncias” daquele português vergonhoso dos (semi)analfabetos. Pior ainda, o mero fato de tocar neste assunto já carrega explosivos suficientes para gerar uma “guerra de palavras e insultos”, que muitas vezes descambam para as baixarias típicas dos descontrolados pós-modernos. Enfim, estamos num vale de lágrimas onde nos obrigam a engolir argumentos contrários de opositores que mal sabem falar, ou cuja mente não consegue concatenar as ideias, o que equivale a dizer que “não sabem acertar nas concordâncias verbo-nominais”. Neste ambiente tão “construtivo” da inerudição absoluta, o pouco que resta da fé cristã (e da esperança de um conserto planetário) se esvai como água pura pelo esgoto, quando a dona de casa não se organiza para poupar o líquido mais precioso de um mundo tridimensional. Isto significa que se a cristandade não se postar de modo diferenciado dos interesses mundanos, e não se organizar em tudo (inclusive no estudo da língua pátria), a guerra exterior que desintegra cada centímetro do mundo irá invadir suas casas, seus empregos, suas vidas, suas igrejas e até suas consciências, “do jeito que o diabo gosta”. Não se enganem os cristãos que conseguem ler isto: o bom manejo da língua, tal como o bom manejo das Escrituras Sagradas (II Tm 2,15), é fator fundamental para a salvação das almas, tanto em nível de evangelização, quanto em nível individual, pois aquilo que não entendemos bem nos leva a não ensinar bem, e assim a bola de neve da ignorância vai crescendo até o piso gélido da inanição espiritual. Não é à-toa que nosso mestre se chama CS Lewis (um filólogo de alta erudição), e também não é sem razão que encontramos tanta igreja com pregações pífias, assim como crentes que nunca pregam porque mal conseguem se explicar. Vocabulário pobre significa raciocínio curto: veja a explicação disto NESTE link.
E veja também o que escreveu dentro do tema a excelente articulista Fernanda Pompeu numa crônica que ela chamou “Escreveu porque leu”. Fica claro, para bom entendedor, que se alguém não tem o hábito de ler, dificilmente escreverá bem, e também entenderá mal. É isso aí: Triste e dura realidade para a qual devemos abrir os olhos e os ouvidos!

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