SALA DE LEITURA DA EAT

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Vê-se CS Lewis no Quadro Central, ladeado por seus livros, o Busto de MacDonald à direita e a "Vela do Saber" acesa.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

SEMANA LEWIS: “Somente Jack poderia explicar perfeitamente esta notícia”


Ao lermos hoje mesmo que a Tanzânia continua a acreditar em bruxas, e que agora decidiu também matá-las (confira a notícia NESTE link), não podemos deixar de lembrar de CS Lewis, mestre emérito desta Escola, quando ele explicava a razão pela qual o mundo moderno não queima mais as bruxas. Ora; explicava ele, o nosso século não acende mais fogueiras contra as bruxas, não porque nossa Moralidade evoluiu, mas simplesmente porque ninguém mais acredita que existam bruxas, e muito menos que elas sejam cruéis como nos contos de fada (nas palavras dele: “é claro que a razão pela qual não se executam mais bruxas hoje em dia é que não acreditamos que elas existam. Se acreditássemos – se realmente pensássemos que existem pessoas pérfidas entre nós, que venderam a alma para o diabo, receberam em troca poderes sobrenaturais e usaram esses poderes para matar ou enlouquecer os vizinhos, ou para provocar calamidades naturais —, certamente concordaríamos que, se alguém merecesse a pena de morte, seriam essas sórdidas criaturas. Não há aqui uma diferença de princípios morais, apenas de enfoque dos fatos. Pode ser que o fato de não acreditarmos em bruxas seja um grande avanço do conhecimento, mas não existe avanço moral algum em deixar de executá-las quando pensamos que elas não existem. Assim como não consideraríamos misericordioso o homem que não armasse ratoeiras por não acreditar que houvesse ratos em sua casa!”) [Livro 1, Capítulo 2, ‘Algumas objeções’, parág. Final]. Logo, se somos discípulos de Lewis e lemos que na Tanzânia o povo está matando bruxas, isto não nos deve espantar de modo algum. Por outro lado, se não somos de Lewis, a notícia de um “bruxocídio” pode e deve até nos levar a condenar a hediondeza de se fazer justiça com as próprias mãos, mas jamais teremos, diante de Deus, a justiça de seguir a fé (“o justo viverá da fé”) e assim incorporamos pecado até mais grave do que condená-las à prisão perpétua ou à pena de morte, se esta existir no país. Mais uma vez e como sempre, é a nossa descrença que condena toda a pós-modernidade, e não a nossa revolta contra a crueldade comum a todas as pessoas que manipulam poderes satânicos. Olho vivo!

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