SALA DE LEITURA DA EAT

SALA DE LEITURA DA EAT
Vê-se CS Lewis no Quadro Central, ladeado por seus livros, o Busto de MacDonald à direita e a "Vela do Saber" acesa.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

A conversão de Chesterton põe às claras a verdade mariana

Não é possível ser um bom cristão sem conhecer GK Chesterton, assim como CS Lewis, São João da Cruz, São Francisco, Santa Tereza e outras figuras de peso na vasta galeria de grandes cristãos, se nossa memória não faz injustiça por esquecer de citar outros nomes. Todavia, com o perdão da omissão, quero centrar este post na figura singular daquele inglês erudito, autor do livro “O Homem Eterno” e muitos outros de elevada categoria, para quem o conhece pelas lides literárias. Chesterton possuía um discurso inteligentíssimo, cheio de sutilezas e trocadilhos geniais, capazes de sozinhos alicerçarem toda a sua Teologia, calando tanto crentes quanto descrentes. São dele os argumentos mais sólidos na defesa da primazia e hegemonia da Igreja Católica, demonstrando por lógica irretorquível a validade da crença de que o Senhor Jesus de fato fundou uma só Igreja, ou pelo menos, desejou uma só Igreja, e que esta teve em São Pedro a pedra filosofal (a pedra fundamental é Cristo) e doutrinal do legado dos apóstolos, não cabendo a nenhum outro o direito – ou mesmo a necessidade – de se fundar outra igreja, ou de colocar na única válida outro fundamento, além do apóstolo escolhido por Jesus. Se a Noiva de Cristo claudicou e chegou ao fundo do poço, ou ao ponto de vender indulgências, a solução era a paciência e a influência profunda do Espírito Santo por meio de orações a Deus, pedindo ao próprio defensor de sua Noiva um novo rumo, o que infelizmente não foi feito, resultando apenas numa contra-reforma apagadora de incêndio, a qual trouxe, por não cortar o mal pela raiz, o divisionismo e a proliferação de denominações (enfim, prejuízo ao Reino de Deus!). Mas prossigamos. Em Chesterton, além da defesa perfeita da doutrina católica, encontramos a exatidão da harmonia com a idéia católica acerca de Maria Santíssima, ao ponto de dar a melhor explicação acerca do valor divino da Virgem. Conta-se em livro que os anglicanos atribuem aos católicos o que chamam de “honra excessiva” à Mãe de Deus. Chesterton, com a intuição própria das pessoas simples nas questões da Mariologia, com uma só sacada resolve a tradicional divergência entre católicos e anglicanos sobre a justiça do culto à Nossa Senhora. Ele relata que ouviu dois anglicanos que mencionavam com estremecido pavor uma terrível blasfêmia sobre a Santíssima Virgem, de um místico católico que escrevia: “Todas as criaturas devem tudo a Deus; mas a Ela, e somente a ela, até o próprio Deus deve algum agradecimento”. Isso – contou Chesterton – o surpreendeu como o som de uma trombeta tocada por anjos, e ele disse a si mesmo quase em voz alta: “Que maravilhosa descoberta!”. Eis porque não há razão alguma para não ser católico, pois somente no Catolicismo a mãe de Deus recebe as honras absolutamente merecidas à sua santidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário