Há muito este comentarista já desconfiava que e língua
inglesa, a língua de CS Lewis, era “pobre” na
frente do português, sobretudo na questão da abrangência semântica de
alguns verbos, ou na própria riqueza do vocabulário. A leitura dos livros de
Lewis apenas levemente aludia a isso, uma vez que eu os lia em português e não
conhecia quase nada de inglês para poder avaliar bem as minhas desconfianças, e
pior, os professores de inglês que eu consultava eram parciais ou tendenciosos,
respondendo sempre em defesa da língua que escolheram para ganhar dinheiro como
profissionais de escolas e universidades. Inobstante o meu quase analfabetismo no
idioma de Jack, graças a Deus nunca tive falta de neurônio na questão do
raciocínio espiritual, e era ele que, na calada da noite e subjacentemente, me
fazia sentir ou alcançar determinadas “cintilações de pensamento” que eram as
únicas ‘janelas mentais’ capazes de captar bem o pensamento de Jack, e por isso
certo desconforto com o inglês nunca me abandonou por inteiro! Alguma coisa me sussurrava
assim: “Será que Lewis QUIS dizer isso mesmo que está escrito aqui? Ou será que
se Lewis tivesse nascido numa família que falasse português, ou se ele tivesse
nascido num Brasil culto, teria ele
explicado as coisas exatamente como explicou, ou teria ido mais longe? (Se é
que é possível ir mais longe do que Jack foi no inglês!)... Com efeito, essas
eram as questões que nunca me abandonavam por completo, mas a influência de
meus professores ou de autores que o traduziram acabaram calando meu interior,
e esta dúvida iria morrer comigo com toda certeza!... Iria morrer comigo se não tivesse ocorrido curiosa coincidência:
ao abrir meu canal de vídeo para uma super janela de canais de origem britânica
com narrações traduzidas ou legendadas, acabei dando de cara com a oferta de um
canal que veiculava matérias produzidas por um americano muito sincero, que
afinal mostrou-se ser um “big friend” desconhecido mas super bacana; ou seja,
finalmente eu havia encontrado um gringo que, sem qualquer vergonha ou orgulho
nacionalista, era capaz de reconhecer aquilo que eu, por minha ignorância do
inglês – como língua e como cultura de um povo – jamais poderia captar, e assim
eu nunca teria “autoridade” alguma para levar adiante a minha desconfiança, já
que para todo mundo era chique defender o
inglês como língua universal e como a melhor ferramenta de comunicação espiritual
(duas coisas muito diferentes, diga-se de passagem!). Enfim, o leitor é chamado
agora a ver AQUI o
vídeo daquele simpático gringo, um dos melhores vídeos do canal dele, para ter
uma rápida ideia de a que coisas estou me referindo quando falo do inglês como língua pobre. Por último, resta
dizer que ficou para mim o consolo de
saber que não nasci entre tolos ou num país linguisticamente pobre, pelo
contrário, que talvez tenha sido o bom – conhecimento que tenho do – português e
(d)a boa etimologia de nossa língua-pátria que me garantiu chegar em Lewis e
descobrir riquezas inefáveis, com as quais alguns de seus alunos ingleses talvez
jamais tenham sonhado! Enfim, viva o nosso português tupiniquim! Até o ano que
vem, com uma nova Semana Lewis!
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