SALA DE LEITURA DA EAT

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Vê-se CS Lewis no Quadro Central, ladeado por seus livros, o Busto de MacDonald à direita e a "Vela do Saber" acesa.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

É NATAL: É tempo de falar no mistério da Encarnação


Nosso amado CS Lewis nos explicou que o maior de todos os milagres é o da Encarnação, porque, sem ele, não existiria o da Crucificação, e muito menos o da Ressurreição, aquele que nos salva. Pensando nisso tudo, vemos que temos então muito mais coisas a investigar e entender, naquele que foi ao mesmo tempo o mais humilde e o mais portentoso ato de Deus, a saber, o instante mágico onde o Infinito assumiu a finitude, ou onde a Perfeição decidiu encarar de vez a imperfeição, correndo até o risco de com ela “comungar”. E a Igreja está certa ao afirmar que literalmente TUDO, tudo mesmo, foi de alguma forma influenciado ou alterado naquele ato humilde da concepção de Maria. 
O infinito não poderia adentrar a finitude e até a precariedade da terceira dimensão, sem modificar alguma coisa, e sem ser de alguma forma modificado. E assim, neste turbilhão de operações transcendentais inimagináveis, toda a Natureza de Deus foi tocada por tamanho milagre, e toda a natureza da Criação foi transmutada, ora sutil, ora drasticamente. Nem era preciso, cremos nós, que o próprio Deus determinasse que assim seria, como se Ele próprio precisasse de ordem para fazer-se “notar”; porquanto por pura lógica matemática, nenhum infinito chega a um finito sem trocar com este reciprocidades, “sinais e partículas”, que em ambos transpareceria! Eis que obviamente esta aproximação-infusão, sob qualquer ponto de vista, trocou reciprocamente tantos elementos entre si, ocupando espaços em ambos, ao ponto de nada mais ter restado igual ao que era, e assim TODA A HISTÓRIA DO UNIVERSO foi alterada naquele ponto (que chamamos "Ever-zero"), ao ponto de tudo agora merecer outras nomenclaturas, obrigatoriamente. Logo, a matéria não era mais só matéria, a luz não era mais só luz, a energia não era mais só energia, e até as trevas não seriam mais apenas trevas, porque até os seus agentes nefastos ganharam algo ruim ou saudoso com que se preocupar! E em tudo isso, ou bem no meio disso tudo, está a Santa Eucaristia, pois NADA (depois da Encarnação) faz mais relação com esta e guarda-lhe mais lembranças do que o Nascimento do Menino Jesus entre nós. Enfim, que saibamos todos olhar este Dia como um “Ever-zero”, um Evento único no Cosmos, o instante mágico por excelência (quem ler entenda) onde o jamais nascido nasceu, e onde o jamais mortal provou a morte e a venceu!


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