SALA DE LEITURA DA EAT

SALA DE LEITURA DA EAT
Vê-se CS Lewis no Quadro Central, ladeado por seus livros, o Busto de MacDonald à direita e a "Vela do Saber" acesa.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Fim de ano: conversando sobre as hipocrisias desta época


Quem jamais se perguntou sobre se gosta ou não das festas de fim de ano? Quem jamais deixou de notar o quão cruéis podem ser as melhores relações de amizade naquelas ocasiões natalinas, onde a sociedade inteira não consegue disfarçar as suas intenções maliciosas e acaba pondo as unhas de fora? Enfim, é uma hora para questionar coisas que todo mundo sabe, mas ninguém quer dizer ou tem coragem para chafurdar o período tão pararicatório das festas de fim de ano, no qual cada indivíduo é OBRIGADO – com todas as letras maiúsculas – a engolir pedras e lagartos, ou engolir o sapo das conversas mais enviesadas dos parentes e vizinhos. Assim sendo, este comentário que agora fazemos, baseado na sensacional crônica de Matheus Pichonelli (por favor leia-a ANTES de continuar aqui NESTE link), vem aferventar aquela lenga-lenga pegajosa dos últimos dias do ano, onde uma procissão de chatos de galocha sempre vêm bater à nossa porta, e somos obrigados a dar – ou a perder – presentes em "amigos secretos" que muitas vezes nem são amigos(!), somos obrigados a comer peru (mesmo detestando a tão graciosa ave),
e pior, a comer panetone, uma ridícula massa amorfa sem gracíssima, que só deve satisfazer ao seu inteligente inventor, que enricou na época do Natal. Não é à-toa que as profecias indicam o fim do mundo como ideal para a época do Natal (por isso ele se chama "Advento") e o fim do ano – de qualquer ano no Ocidente –, como se o próprio Deus estivesse de saco cheio dessas “festas associadas ao pecado” (Amós 5,21 e Isaías 1,11-14) e dessas pararicações endereçadas a um tal de “bom velhinho”, que nem se parece com Deus-pai (que não é velho!), nem com o Menino Jesus (o verdadeiro aniversariante do dia, e esquecido por todos!), e muito menos com o verdadeiro Nicolau, o risonho e corajoso idoso que CS Lewis tão bem apresenta no seu “O Leão, a feiticeira e o guarda-roupas”, que o leitor pode ver também no cinema e em vídeo. Enfim, é uma série inesgotável de decepções produzidas pela humanidade em sua época mais bonita, cujo único ponto positivo se deve ao cumprimento da profecia (Mateus 24,28-30) de que, até o último dia do mundo, Jesus faria o trigo conviver com o joio e sofrer deste estas chatices e malícias. Haja saco, até para o papai Noel!


Nenhum comentário:

Postar um comentário