SALA DE LEITURA DA EAT

SALA DE LEITURA DA EAT
Vê-se CS Lewis no Quadro Central, ladeado por seus livros, o Busto de MacDonald à direita e a "Vela do Saber" acesa.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O silêncio de Deus e a nossa culpa



Voltando ao tema recorrente e muito frequente do chamado “Silêncio de Deus” (que José Antônio Merino explicou em três áreas diferentes – veja foto), esta Escola só pode dizer que este é o tipo do assunto que somente o conhecimento de todo o pensamento de CS Lewis poderia ensejar a possibilidade de uma resposta cabível, capaz de dar vazão a todos os fatos implicados. De fato, o silêncio de Deus (sobretudo em face das catástrofes naturais em sequência – veja AQUI) é a prova definitiva de que o nosso pecado é tão terrível, tão maligno e tão hediondo que custa ao próprio Deus tomar uma atitude! Até a Bíblia fez, numa única ocasião, uma menção de que o pecado humano é até mais grave do que o de satanás, pois este, embora mergulhado em ódio extremo, ainda guarda a lucidez da obediência e do respeito à autoridade de Deus (II Pedro 2,9-11): veja a bofetada na nossa cara que Pedro nos deu!... Logo, a extrema malignidade da blasfêmia contra a autoridade de Deus é um atributo do pecado HUMANO, e não angélico, e isto é a desgraça maior de nossa raça! É a universalidade e a viciosidade da blasfêmia contra o Espírito Santo, que está presente em cada um de nós, como mostramos no vídeo "Resposta Lewisiana 5" – “O que é a blasfêmia contra o Esp. Santo?”, deste Canal. Este é o dado estarrecedor com que temos que lidar, de uma vez por todas! E não há o que se enganar aqui: o Homem feriu tão gravemente o coração de Deus que até o Amor infinito derramou lágrimas, e ainda chora “sem saber quem irá se salvar!” (Eu particularmente receio que quando Jesus disse que um dia Ele iria enxugar todas as lágrimas, temo que Ele não consiga enxugar as dele mesmo!)... E pior, é o tipo da questão na qual nem os próprios cristãos se entendem a respeito, com sérias divisões no Corpo de Cristo, pois um lado da cristandade releva tudo isso exacerbando a abrangência do perdão de Deus (com base na história de perdoar 70x7), e o outro lado mergulha no desespero e chega a diminuir o perdão, acreditando na condenação da grande maioria (com base na história do caminho largo da perdição e na porta estreita da salvação). Assim sendo, somente CS Lewis resolveu este conflito, sem tirar a razão de uns nem de outros – pois ambos os lados da cristandade têm razão – e apenas mostrou, de modo pungente (no episódio dos anões CEGOS dentro do Paraíso, último livro das Crônicas de Nárnia – "A Última Batalha"), o quanto o perdão é infinito e o pecado também. Afinal, Lewis sempre adorou mistérios, e neste caso, a melhor política é mantê-lo, nos dois sentidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário