SALA DE LEITURA DA EAT

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Vê-se CS Lewis no Quadro Central, ladeado por seus livros, o Busto de MacDonald à direita e a "Vela do Saber" acesa.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

O perigo da mentira vai muito além da supressão da verdade



“A mentira é o único pecado a quem Deus atribui a paternidade ao diabo”, já lembrava o Pr. Silas Malafaia interpretando o Evangelho de João (8,44). O Filho de Deus, nosso salvador Jesus Cristo, chegou a experimentar a mais destruidora face da mentira no Monte da Tentação, quando o pai da mentira lhe levava a própria Palavra de Deus “enviesada”, ou seja, usada para combater a verdade, sendo ela mesma a verdade. Avançando no tempo, o homem do Século XXI está diante de uma nova realidade, igualmente atordoante: a verdade agora está tão soterrada de engodos e falsidades que a mentira tomou o lugar da verdade, apresentando um novo planeta não mais chamado Terra, mas “Miragem”, onde tudo é falso e ameaçador. Eis o argumento central deste post, e a partir dele destrinçaremos sua conclusão. A saber. Se na Palavra de Deus Jesus fez tantas advertências contra a mentira e os males dela decorrentes, e se chegou a dizer que o inimigo da Humanidade é o pai da mentira, temos que ir mais longe no pensamento do Senhor e “esgaravatar” por entre as folhagens, pois há muito mais verdade “por baixo” das palavras do Nazareno. Vejam como começa este argumento: Jesus disse “todo aquele que comete pecado se torna escravo do pecado” (João 8,34), e, após todos os anos de prática daquele ato, seu praticante já não está mais no comando de si mesmo, e sim o pecado que habita em sua carne. O que significa este fato em relação à mentira? Significa o óbvio, isto é, que se alguém inicia a escalada suicida da prática de uma maldade qualquer, é esta quem dominará a mente que a está praticando e, ao final, a inteligência respectiva não mais “enxergará” ou distinguirá aquela prática maligna de algo ruim, e passará a encarar aquilo como algo primeiro tolerável, depois aceitável, depois agradável e quase ao final terá aquela maldade como coisa “normal” e ao final a interpretará como “bondade”. É isto o que quer dizer ESTA matéria com seu título auto-explicativo, em relação ao pecado da mentira. Enfim, quando descobrimos que a mentira faz com que o nosso cérebro se adapte à desonestidade, e com esta toda a realidade é deixada de lado e só a falsidade passa a figurar nos nossos planos e atitudes, estamos sim fundindo nossa alma à alma do pai da mentira e perdemos a nossa individualidade, ficando condenados à perdição eterna de nossa alma. No artigo do link o exemplo maior vem da política nacional, e é assim que a sujeira de Brasília nos dá um poderoso exemplo do perigo que corre o mentiroso, numa verdadeira catequese da verdade como faz o Evangelho de Cristo. Que esta advertência calhe fundo em nós, se é que ainda não tenhamos caído na tentação de usar a mentira como fundamento sistêmico de nossas ações. Que Deus tenha pena de nós e nos livre de tal desgraça.

Um comentário:

  1. joão, eu sou um admirador seu, gosto dos seus post. e este sobre a mentira e muito bom

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