Tentando remontar a pregação precipitada do apóstolo Paulo, uma revisão do incidente no Areópago poderia apresentar um rumo inteiramente diferente para a igreja primitiva e até para nossos dias.
A Bíblia conta, em seu Novo Testamento, um estranho incidente “diplomático” entre um apóstolo de Jesus (Paulo de Tarso) e uma audiência de doutores e filósofos gregos, em pleno Areópago por onde tanta filosofia passou. O que planejamos aqui é apresentar o discurso e uma reconstrução dele, à base de uma nova revisão teológica, fundamentada sobretudo em leituras de autores como CS Lewis, John Stott, JB Phillips, GK Chesterton, Paul Yancey e outros.
A circunstância referida conta que, num determinado dia dos primórdios da igreja primitiva, quando Paulo vinha desenvolvendo um raciocínio muito proveitoso de aproximação de sua audiência em direção à Boa Nova de Cristo, um estranho erro de método pedagógico teria feito o grande apóstolo perder aquelas almas cultas, num incidente típico de precipitação ou de pressão externa à mensagem, o qual poderia ter sido evitado.
Foi um momento especial de rara oportunidade perdida, porquanto aqueles a quem Paulo pregaria, além de cultos, estavam mesmo interessados em saber DO QUE SE TRATAVA aquela nova “filosofia”, da qual eles tinham ouvido o galo cantar sem saber aonde. Quando alguém está interessado em saber o que pensamos, as portas se abrem mais, mas também não permitem necessariamente maiores incursões nas “intimidades psicológicas” dos ouvintes, por parecerem invasões indevidas ou abusos no direito de ensinar. Paulo devia saber tudo isso, porque, afinal, já ensinava antes, e aprendera seu ofício magisterial pela mão de mestres, dentre eles Gamaliel, grande mestre judeu doutor-da-lei (At 22,3). Como aqueles filósofos eram politeístas (toda a Grécia era e ainda é), era natural que quisessem saber acerca de “um novo deus no mercado”, ou da estranheza do 'deus-diferente' pregado por Paulo. O simples fato de ser uma novidade teológica lhes era atraente, bem ao contrário de nossos dias, nos quais há tanta religião e tanta teologia que ninguém mais tolera “novidades”.
Antes de transcrevermos a pregação no Areópago, é indispensável que se entenda que o tal discurso paulino, longe de qualquer demérito para São Lucas (autor que o descreveu), pode não ter sido exatamente como Lucas o registrou, até porque era impossível, depois de várias décadas de distância dos fatos, o grande médico do Senhor se lembrar de tudo nas minúcias; e assim o que deve ter marcado a sua lembrança pode ter sido justamente “o erro infeliz” de Paulo, dada a repercussão muito mais espalhafatosa de um erro do que de um êxito nos meios populares. Logo, que houve um erro, houve; agora as circunstâncias e as palavras pré e pós-pregação podem ter sido bem outras.
Vejamos então como foi o discurso de Paulo e logo em seguida, o mesmo discurso com os “reparos” possíveis pela teologia contemporizada. (Veja o Discurso na íntegra clicando no título deste post).
Agora vamos ao discurso que Paulo DEVERIA ter feito, o qual será obviamente um pouco maior (lembre: não havia pressa na audiência que o convidou) e só será consertado aonde de fato Paulo precipitou-se ou errou na abordagem: ou seja, nos demais trechos, mantém-se a pregação tal qual registrada por Lucas.
[ABRE ASPAS] – Atos 17,22-31: “Prezados atenienses: vejo grande inteligência em vocês por se interessarem em coisas estranhas e deuses das tradições de seus pais; inclusive, ao passar por vossa cidade, vi seus santuários e suas homenagens a vários deuses, todos merecedores das mais acuradas pesquisas investigativas, dada a quantidade de informações que podem advir de suas vidas e missões terrenas. Um desses deuses, com efeito, está sendo chamado de “Deus desconhecido”, por pura sapiência vossa, porquanto se há um Deus verdadeiro, ele deve ter mesmo muito mais coisas ocultas do que expostas, e assim o seu apelido cai bem num santuário de deuses. Pois bem. Proponho-lhes discutirmos este Deus desconhecido, pois tenho a forte impressão de que Ele teve algum tipo de contato comigo. Pois bem. Para mim, esse Deus-desconhecido é o Criador de tudo, “um Zeus”, por assim dizer. Este Deus não se limita ao espaço e ao tempo dos homens, não podendo ser contido por nossas habitações e nem por nossa arte, por mais bela e bem feita que seja. Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; e de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação. Este Deus-desconhecido, uma vez tendo contatado alguns dentre nós (só eu conheço no mínimo uns 12 que com Ele estiveram), prova que pode ser mais presente e menos distante, ao contrário de outros deuses que quase se comportam como figuras emolduradas em quadros ou presas em estátuas! Isto Ele faz deixando claro que não está longe de nenhum de nós, pelo contrário, pode, a partir de nosso coração/inteligência, ser contatado, e expressar-se de modo mais interativo e pessoal; porque também nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração. Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens, embora, destes mesmos materiais, aproveite da sua humildade para transparecer até nós, do contrário, nós nem sequer O perceberíamos! É por isso que grandes mestres do passado diziam que “Deus está presente em tudo, inclusive na menor flor do campo”, embora num modo diferente de estar, sem jamais fundir-se com qualquer de suas criaturas. É apenas o seu ESTILO de Criador que transparece na matéria inanimada, ao contrário de nós animados, que podemos de fato SENTIR sua presença em nosso coração. Ao sentirmos Sua magna presença, então, o mínimo que devemos fazer é sermos humildes e até nos arrependermos de nossos erros, sobretudo quando tais erros são violências contra nossos semelhantes, as quais revoltam todo mundo pela injustiça aparentemente impune! Porém Deus não leva em conta nossas descrenças e fará justiça perfeita, no dia que determinou para julgar o mundo, salvando os bons e ou maus que se arrependerem honestamente. Para tanto, encomendou um homem especial para promover a Justiça divina, um homem justo em quem nunca se achou dolo algum, e cujo exemplo é o indicado para consertar todos nós. Afirmo, por experiência pessoal, que Jesus, chamado Nazareno, é esse homem justo que salva a todos nós por meio de nossa confiança nEle. Isto é tudo.” [FECHA ASPAS].
A seguir, veja na tabela abaixo os dois discursos, comparativamente, entendendo melhor o que há de diferente entre eles, em termos de técnicas de abordagem:
(Esta TABELA pode ser visualizada em tamanho grande no SITE da EAT, na aba ARTIGOS)
Isto posto, fica claro o indisfarçável erro de São Paulo, obviamente sem dolo algum, mas apenas resultante de uma precipitação das circunstâncias, que poderiam estar à beira de uma convulsão social, de uma perseguição religiosa, de uma fuga inesperada ou até de um martírio, como era comum na época. O discurso no Areópago, portanto, não foi uma coisa planejada, premeditada, na qual o orador pudesse ter o tempo adequado de preparação lecional, e deve ter pegado Paulo de surpresa, o que se explica pelo convite a ele feito, com ares de uma missão “obrigatória” para o Reino de Deus.
Finalmente, fica para todos nós pregadores a lição de não se permitir pregações precipitadas, sem tempo de treinamento anterior, de tal modo que sejam pré-testados todos os meios da preleção, e não apenas o conhecimento em si, atividade-fim da missão cristã. Se um aprendizado deste quilate pode-se tirar das Escrituras Sagradas, servindo até para os próprios apóstolos do Senhor (e com o mais preparado deles, segundo São Pedro – II Pe 3,15-16), quanto mais não deverá ocorrer conosco, ínfimos testemunhas de uma verdade imortal, mas moribunda pela fraquíssima fé do homem pós-moderno (Lc 18,8). Oremos para que nos mantenhamos firmes na crença que unia todos os apóstolos num só propósito, fazendo acender a chama da fé cristã, onde quer que nos peçam razão da esperança que há em nós.
domingo, 25 de dezembro de 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
Do passado espiritual ao mundo vazio de nossos dias
Nunca comungamos cem por cento com as posições políticas de Frei Betto, e encontramos razões de força maior para fazê-lo. Acontecia ao contrário do que sentíamos em relação ao Frei Leonardo Boff, cujas idéias ecológicas estavam muito mais identificadas com o que pensávamos, sobretudo na época de Seminarista, quando tivemos mais proximidade com os movimentos da Teologia da Libertação. Todavia e contudo, não podemos mais negar ou relativizar a importância da palavra e da consciência de Frei Betto nesta hora de globalização da imoralidade, onde a ética não tem mais valor a não ser na demagogia dos políticos corruptos. Com efeito, isto afirmamos com a segurança de nos apoiar numa recente palavra de Frei Betto, cujo argumento acerca das mazelas de nosso tempo aflorou de modo brilhante, para não dizer perfeito. O citado Frei, iluminado por suas leituras de filósofos como Platão e Sócrates (este, principalmente), postou em seu SITE a sua análise socrática dos tempos atuais, de um modo espetacular e digno de um edital lewisiano ou de um mural em praça pública. O Frei simplesmente disse tudo! Calou a cala a qualquer opositor modernóide, seja ele ateu ou crente. Assim ficamos, nós da EAT, pasmos, no bom sentido, e passamos, a partir de agora, a colocar Frei Betto num lugar entre aqueles que ilustram nosso pensamento e formam a nossa biblioteca particular. Clicando no título deste post, o leitor lerá o tão inspirado artigo no próprio ambiente virtual do Frei.
sábado, 10 de dezembro de 2011
Uma data muito especial para nós
Hoje, há exatos 46 anos, no dia 10 de dezembro de 1965, o diretor de comunicação desta Escola travava seu primeiro contato com nosso mestre CS Lewis, ficando para sempre mudadas a sua vida e consciência, e ganhando motivos para louvar a agradecer a Deus desde então. O menino João, que nasceu em lar ateu, já se sentia desamparado e até desviado dos caminhos de Deus, ou perdido em suas angústias de pré-adolescência, quando Deus o aproximou de CS Lewis (numa história já bem conhecida desta Escola e de seus alunos), apresentando-lhe o capítulo VIII do livro “O Comportamento Cristão”, um dos capítulos do Livro “A RAZÃO DO CRISTIANISMO” (Mere Christianity), Ed. Luterana, 1964, chamado "O Grande Pecado". JV ainda hoje não sabe se já acreditava em Jesus naquela época, mas obteve certeza absoluta da participação decisiva de Lewis na sua conversão, sendo assim como o seu pai-na-fé, como Marilene Munguba foi sua mãe-na-fé em 1975, filha do pastor Samuel Munguba, da Comunidade do Amor, ex-Igreja Batista de Porongabussu. Grande participação também teve no processo o missionário de ascendência judia chamado Learthe Pereira Lira, nunca mais por nós visto, o qual pode ser chamado assim como “um tio na fé”, formando o que Paulo chamou de "família da fé" (Gl 6,10). Como vemos, é uma data muito especial para agradecer com toda a alegria do PRIMEIRO AMOR (Ap 2,4), que jamais deve ser apagado de nós. Parabéns pelos 46 anos de “convertido” do nosso professor. No título deste post está o texto que aproximou JV de Lewis.
domingo, 4 de dezembro de 2011
Por que Lewis demonstrou certa admiração pelo Adventismo?
Quem leu o livro “Cartas a uma senhora americana”, viu que Lewis mostrou-se de certa forma admirador dos adventistas, mas sem demonstrar saber a fundo EM QUÊ o Adventismo crê. Lewis não entendia muito bem o conjunto das crenças deles, e pode não ter tido acesso aos documentos mais particulares da igreja onde está o Credo Oficial e sua visão das Escrituras. Todavia, lendo o texto que pode ser visto clicando-se no título deste post, os irmãos podem ver claramente que os próprios adventistas são confusos entre a fé dos fundadores do “movimento” (os “pioneiros” do tempo de Ellen White) e as chamadas “crenças do moderno Adventismo”, que Lewis pode ter lido e tirado uma conclusão positiva acerca deles. Todavia, nós cristãos, digamos assim, “dominicais”, precisamos ficar atentos e comungar da fé anglicana de Lewis, e não de algum grupo que possua alguma virtude elogiada por Lewis, que não podia, obviamente, CONHECER TUDO DE TODOS OS GRUPOS!. Como Jack mesmo disse, TODAS as religiões têm aspectos positivos e válidos, e a maioria comunga das idéias fraternais dos mandamentos judaico-cristãos, unindo todas as almas na excelência do amor ao próximo (que é de fato o que interessa). De qualquer modo, a rejeição da Doutrina da Trindade parece ser ponto relevante no corpo doutrinal oficial do Adventismo (fazendo parte da crença da maioria e do livro-base de Ellen White), e por isso devemos ter todo o cuidado quando conversarmos com eles, não apenas para não deixar faltar a mansidão e a ternura nos nossos relacionamentos com todos, mas para sabermos aproveitar as oportunidades para, se possível, indicar a leitura de CS Lewis (por exemplo, do livro “Cristianismo Puro e Simples”). Finalmente, há um site muito interessante a esclarecer esta questão, e os irmãos podem procurar no Google, bastando para isso digitar “CACP - Ministério Apologético”. É uma excelente pedida.
domingo, 27 de novembro de 2011
Achados e Perdidos: mais um poema em homenagem a CS Lewis
Um poema sobre momento de vergonha dos principais apóstolos é divulgado em forma de vídeo pelo StudioJVS, e na ocasião cabe uma reflexão sobre a falibilidade humana, que poderíamos chamar de “errância”. Com efeito, além da eterna e hostil rebeldia humana, há que se encarar de frente a questão da vergonha dos atos praticados, que só faz sentido se acompanhada de verdadeiro arrependimento, sem o qual a vergonha não passa de “diversão dentro da lama”, como pinto feliz no lixo ou como a porca lavada que voltou ao lamaçal (II Pedro 2,20-22). Aliás, a propósito de citar Pedro, é dele o exemplo maior de vergonha cristã universal, ocorrida bem no meio do colégio apostólico e manchando a lembrança de Pedro para sempre (Lewis chegou a pedir perdão a Pedro pela citação da ocorrência!). Todavia, o poema agora publicado não trata especificamente dos apóstolos ou de Pedro, mas de um andarilho solitário, que em suas longas caminhadas chegou a sonhar com cenas descritas por CS Lewis e com ele mesmo, num sinal claro de haver assimilado, no âmago mais íntimo de sua mente, toda a mensagem da Magia narniana. Além do mais, a homenagem se baseia em antológico trecho do livro “Cartas a Malcolm”, a Carta VIII, na qual Jack tece o mais profundo arrazoado acerca da “Teologia da Paixão” (que trata das dores finais de Cristo) e ao final prova ser uma análise só possível ao gênio de nosso mestre irlandês. O trecho será publicado na EAT, no próximo post da Semana Lewis. O vídeo contendo o poema em questão pode ser visto em duas versões do Youtube (simples e estendida) e também se presta, prioritariamente, a prestigiar a “SEMANA LEWIS 2011”. Os leitores, irmãos e lewisianos amigos da EAT são convidados a ver o vídeo citado clicando no título deste post, e qualquer comentário em resposta será uma honra para nós.
O (IM)PRESSIONANTE TRECHO DA CARTA VIII:
[ABRE ASPAS]: Não é verdade que cada movimento da Paixão expõe de forma contundente algum elemento comum nos sofrimentos de nossa raça? Em primeiro lugar, a oração da angústia, que não é aceita. Em seguida, Ele se volta para Seus amigos. Eles estão dormindo – como os nossos, ou como nós estamos tantas vezes ou ocupados, ou distantes, ou preocupados. Depois, Ele encara a Igreja, a mesma Igreja que Ele trouxe à existência. Ela O condena. Isso também é típico. Em toda a Igreja, em toda instituição, há alguma coisa que, mais cedo ou mais tarde, trabalha contra a razão de sua própria existência. Todavia, parece haver outra possibilidade. Há o Estado, no caso, o Estado romano. Suas pretensões são muito inferiores às da igreja judaica, mas exatamente por isso ele se vê livre dos fanatismos locais. Ele diz ocupar apenas um nível rústico, mundano. Sim, mas só na medida em que isso não contrarie seu expediente político e sua “Razão de Estado”. Tornamo-nos uma ficha em um jogo complicado. No entanto, nem tudo está perdido. Existe ainda a possibilidade de apelar ao Povo – os pobres e os simples a quem Ele abençoou, a quem curou, alimentou e ensinou, a quem Ele pertence. Contudo, esse povo se tornou, da noite para o dia – não há nisso nada de excepcional – a turba assassina que pede seu sangue. Nada mais resta, portanto, senão Deus. E, para Deus, as últimas palavras de Deus foram: "Por que me abandonaste?".
Observe como é característico, sintomático, tudo isso. A situação humana posta a nu. Ser homem, entre outras coisas, é isso. Todas as cordas se rompem quando você as segura. Todas as portas se fecham quando você as alcança. É como ser a raposa que não tem para onde fugir: a terra está toda demarcada.
Em relação ao abandono final, como entendê-lo ou mesmo suportá-lo? Será porque Deus mesmo não pode ser Homem, a menos que Deus pareça sumir diante de Sua necessidade maior? E, se assim for, por quê? Às vezes, pergunto-me se, de fato, temos pelo menos uma pálida ideia do que o conceito de criação acarreta. Quando Deus criar, Ele trará algo à existência que não será Ele mesmo. Ser criado, de algum modo, significa ser ejetado ou separado. Pode-se dar o caso de que, quanto mais perfeita a criatura, tanto maior será, em algum momento, a separação? São os santos, não as pessoas comuns, os que passam pela "noite escura". São os homens e os anjos, não os animais, os que se rebelam. A matéria inanimada dorme no seio do Pai. A condição de ser oculto de Deus talvez cause maior dor ao pressionar aqueles que, sob outro aspecto, encontram-se mais próximos dEle, e portanto Deus mesmo, feito homem, será entre todos os homens aquele a quem Deus relegará ao supremo abandono? Um teólogo do século XVII disse: "Se fingisse ser visível, Deus teria tão somente enganado o mundo". Talvez Ele finja sim, um pouco, para aquelas almas simples que necessitam de uma boa medida de "consolação palpável". Sem os iludir, mas para que o cordeiro tosquiado não seja açoitado pelo vento. Claro, diferentemente de Niebuhr, não estou dizendo que o mal seja inerente à finitude. Isto identificaria a Criação com a Queda e faria de Deus o autor do mal. Contudo, talvez haja uma angústia, uma alienação, uma crucificação envolvida no ato criativo. Não obstante, Ele, o único a quem cabe julgar, julga valer a pena a distante consumação. [FECHA ASPAS].
O (IM)PRESSIONANTE TRECHO DA CARTA VIII:
[ABRE ASPAS]: Não é verdade que cada movimento da Paixão expõe de forma contundente algum elemento comum nos sofrimentos de nossa raça? Em primeiro lugar, a oração da angústia, que não é aceita. Em seguida, Ele se volta para Seus amigos. Eles estão dormindo – como os nossos, ou como nós estamos tantas vezes ou ocupados, ou distantes, ou preocupados. Depois, Ele encara a Igreja, a mesma Igreja que Ele trouxe à existência. Ela O condena. Isso também é típico. Em toda a Igreja, em toda instituição, há alguma coisa que, mais cedo ou mais tarde, trabalha contra a razão de sua própria existência. Todavia, parece haver outra possibilidade. Há o Estado, no caso, o Estado romano. Suas pretensões são muito inferiores às da igreja judaica, mas exatamente por isso ele se vê livre dos fanatismos locais. Ele diz ocupar apenas um nível rústico, mundano. Sim, mas só na medida em que isso não contrarie seu expediente político e sua “Razão de Estado”. Tornamo-nos uma ficha em um jogo complicado. No entanto, nem tudo está perdido. Existe ainda a possibilidade de apelar ao Povo – os pobres e os simples a quem Ele abençoou, a quem curou, alimentou e ensinou, a quem Ele pertence. Contudo, esse povo se tornou, da noite para o dia – não há nisso nada de excepcional – a turba assassina que pede seu sangue. Nada mais resta, portanto, senão Deus. E, para Deus, as últimas palavras de Deus foram: "Por que me abandonaste?".
Observe como é característico, sintomático, tudo isso. A situação humana posta a nu. Ser homem, entre outras coisas, é isso. Todas as cordas se rompem quando você as segura. Todas as portas se fecham quando você as alcança. É como ser a raposa que não tem para onde fugir: a terra está toda demarcada.
Em relação ao abandono final, como entendê-lo ou mesmo suportá-lo? Será porque Deus mesmo não pode ser Homem, a menos que Deus pareça sumir diante de Sua necessidade maior? E, se assim for, por quê? Às vezes, pergunto-me se, de fato, temos pelo menos uma pálida ideia do que o conceito de criação acarreta. Quando Deus criar, Ele trará algo à existência que não será Ele mesmo. Ser criado, de algum modo, significa ser ejetado ou separado. Pode-se dar o caso de que, quanto mais perfeita a criatura, tanto maior será, em algum momento, a separação? São os santos, não as pessoas comuns, os que passam pela "noite escura". São os homens e os anjos, não os animais, os que se rebelam. A matéria inanimada dorme no seio do Pai. A condição de ser oculto de Deus talvez cause maior dor ao pressionar aqueles que, sob outro aspecto, encontram-se mais próximos dEle, e portanto Deus mesmo, feito homem, será entre todos os homens aquele a quem Deus relegará ao supremo abandono? Um teólogo do século XVII disse: "Se fingisse ser visível, Deus teria tão somente enganado o mundo". Talvez Ele finja sim, um pouco, para aquelas almas simples que necessitam de uma boa medida de "consolação palpável". Sem os iludir, mas para que o cordeiro tosquiado não seja açoitado pelo vento. Claro, diferentemente de Niebuhr, não estou dizendo que o mal seja inerente à finitude. Isto identificaria a Criação com a Queda e faria de Deus o autor do mal. Contudo, talvez haja uma angústia, uma alienação, uma crucificação envolvida no ato criativo. Não obstante, Ele, o único a quem cabe julgar, julga valer a pena a distante consumação. [FECHA ASPAS].
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Hoje inicia-se mais uma SEMANA LEWIS!
Hoje inicia-se mais uma SEMANA LEWIS, e todos os lewisianos amigos estão convocados a prestigiar este evento único no calendário anual cristão, enviando suas homenagens ao nosso mestre humano, por quem, muitos de nós, somos gratos até por uma difícil conversão do ateísmo para a Vida Abundante, pela instrumentalidade de nosso "Apóstolo dos Céticos". Ficaremos no aguardo das contribuições dos irmãos e amigos, ao mesmo tempo em que pedimos a gentileza de clicarem no título deste post, para ver nossa primeira homenagem. É isso.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
O que está por trás da frase “o mundo inteiro jaz no maligno”?
Esta enfática e decisiva declaração de João Evangelista (I João 5,19) sem dúvida comporta muitos sentidos profundos e portentosos para a Teologia Cristã, e sempre seria oportuna uma reflexão ou revisão de nosso entendimento do que encerra, sobretudo no ambiente de estudo de uma escola teológica. Mas um sentido específico traz uma noção assaz necessária para divulgação nesta época de caos em todas as áreas, a começar e culminar pelo caos das seitas ou da infinidade de religiões modernas, que impede a identificação do Caminho iluminado por Jesus Cristo. Afirmar que o mundo inteiro está morto sob o poder do Mal (é este o sentido literal) tanto empresta aos ateus o suposto trunfo da descrença no controle de Deus sobre o planeta, quanto permite aos crentes a posse de uma resposta-curinga para todo o sofrimento e caos da Terra, justificando, inclusive, as aberrações de violências registradas no Velho Testamento e levadas a termo ao longo da História. Para os céticos, toda a violência humana (sobretudo as atrocidades fratricidas milenares entre árabes e judeus) aparentemente aprovadas pelo Velho Testamento e pelo Alcorão, são a prova cabal de que, se Deus existir, ou ele é mau ou não tem controle sobre o mal terrestre.
Para os cristãos, toda a violência do mundo, mormente as fratricidas citadas, são a prova inequívoca de que o estado atual do mundo é o resultado de uma guerra sobre-humana e invisível, cujo início se deu ainda antes da chegada da Humanidade à Terra e cujos efeitos não podem ser impedidos, sem a interrupção brusca, “ilegal e injusta” da liberdade, que ao final redundaria na frustração total dos planos de Deus. De fato, CS Lewis disse que ao permitir o Livre-arbítrio, Deus sabia dos riscos que corria do aparecimento da maldade, mas mesmo assim julgou válido correr o risco, tão somente para possibilitar a criação de seres livres e assim capazes de retribuir-LHE amor verdadeiro, o amor voluntário. Todavia, embora até agora o Mal tenha agido “livremente” (muitas vezes até respaldado em lei, como na Torah), não será sempre assim, pois o Juízo Final virá, e na contagem regressiva de Deus, está às portas. Quem tiver dívidas com Ele neste mister, está na hora de se cuidar, pois ninguém sabe quando os ponteiros dos nossos relógios coincidirão com os ponteiros do relógio de Deus. Aviso não faltou. Se o leitor procurar no Google pelo título “O Paparazzo e Dona Saúva” verá uma conversa descontraída mas profunda sobre a questão do Livre-arbítrio. Clicando no título DESTE post, o amigo verá uma explicação simples e exata acerca dessa questão, na palavra de um presbítero da mesma igreja de CS Lewis.
Para os cristãos, toda a violência do mundo, mormente as fratricidas citadas, são a prova inequívoca de que o estado atual do mundo é o resultado de uma guerra sobre-humana e invisível, cujo início se deu ainda antes da chegada da Humanidade à Terra e cujos efeitos não podem ser impedidos, sem a interrupção brusca, “ilegal e injusta” da liberdade, que ao final redundaria na frustração total dos planos de Deus. De fato, CS Lewis disse que ao permitir o Livre-arbítrio, Deus sabia dos riscos que corria do aparecimento da maldade, mas mesmo assim julgou válido correr o risco, tão somente para possibilitar a criação de seres livres e assim capazes de retribuir-LHE amor verdadeiro, o amor voluntário. Todavia, embora até agora o Mal tenha agido “livremente” (muitas vezes até respaldado em lei, como na Torah), não será sempre assim, pois o Juízo Final virá, e na contagem regressiva de Deus, está às portas. Quem tiver dívidas com Ele neste mister, está na hora de se cuidar, pois ninguém sabe quando os ponteiros dos nossos relógios coincidirão com os ponteiros do relógio de Deus. Aviso não faltou. Se o leitor procurar no Google pelo título “O Paparazzo e Dona Saúva” verá uma conversa descontraída mas profunda sobre a questão do Livre-arbítrio. Clicando no título DESTE post, o amigo verá uma explicação simples e exata acerca dessa questão, na palavra de um presbítero da mesma igreja de CS Lewis.
sábado, 5 de novembro de 2011
Menininho viaja ao Céu e lá vê um Leão...
Teólogo de Portugal acaba de nos enviar suas impressões sobre a leitura do livro “O Céu existe mesmo: a história real do menino que esteve no céu e trouxe de lá uma mensagem” – Por TODD Burpo (com Lynn Vincent), Ed. Lua de Papel, Alfragide, 82011, pp.159 – o livro já vendeu 65.000 exemplares em 2011. Ficamos felizes quando nos deparamos com novidades literárias que nos remetem às obras de CS Lewis, sobretudo quando envolvendo personagens centrais de seus livros. Em “O Céu existe mesmo” a personagem central faz diversos relatos de sua inaudita experiência (o leitor poderá ver uma boa indicação clicando no título deste post), com toda a autoridade daqueles que podem dar a Deus perfeito louvor, a saber, as crianças. O menino Colton, de vívida inteligência, explica com detalhes a sua inefável viagem, relatando por seus olhos cristãos – o garoto é católico romano – os seus mais variados encontros no Paraíso, sem contar outros detalhes para não ser muito cansativo. É claro que contou ter visto Maria, a qual ainda trata Jesus como seu Filho amado (e ainda o é, porque o Céu é um presente eterno, e por isso, o tempo de Maria não passa como passa o nosso) e com seu amor de mãe tão caro a Jesus; contou que viu anjos com espadas na mão (protegendo o Céu de entradas furtivas de demônios) e contou, para nossa surpresa e alegria, ter visto animais por lá. Dentre estes, contou que não viu, atente bem, leões no plural, mas 1 (um) único Leão, que era – enfim – manso e humilde como Jesus Cristo. Neste caso, independente do livro “terminar bem”, vale a leitura desta obra, a qual poderá ser lida em português lusitano, pois a mesma ainda não foi publicada no Brasil. “O CÉU EXISTE MESMO” também são palavras de Jack, como vimos em seus livros “Mere Christianity”, ‘O problema do sofrimento’, “The Great Divorce” e outros. Porém, além de tudo isso, devemos dar glória a Deus que usou Lewis para nos revelar o seu Leão de Judá, aquele que aprendemos a chamar de Aslam.
domingo, 23 de outubro de 2011
O que acontecerá quando todos os protestos derem as mãos?
A onda de protestos mundiais contra o Sistema Financeiro e o Capitalismo está cada vez mais forte e organizada, e agora não é mais um sonho de John Lennon imaginar um mundo onde tais movimentos se tornem a regra cotidiana, e não uma exceção varrida para debaixo do tapete. Mas o problema emerge justamente daí: o que acontecerá com o planeta quando todos os protestos do mundo se unirem e paralisarem todas as atividades econômicas, exigindo justiça e distribuição de renda igualitária para todos os povos? É uma pergunta capciosa e pertinente, pois contém respostas com final-surpresa, precipitando a vida e o futuro de cada pessoa numa incógnita incômoda, a saber: ela pode alcançar a utopia da sociedade perfeita (onde ninguém passe fome e todos tenham moradia e certo conforto – isto se os donos do capital se permitissem tal milagre de conversão, ao invés de um imenso derramamento de sangue); ou ela pode incluir uma falência globalizada dos sistemas de abastecimento, e com isso fazer voltar a situação anterior, com os militares recuperando seu lugar e reativando a plutocracia (dizem que “se todos pudessem comprar, não haveria alimento para todo mundo”); ou ela pode apressar a Parusia (2 Pe 3,12), i.e, o retorno de Jesus, que então viria para o Juízo Final meritório daqueles que aceitaram a noção de “perder a sua vida para ganhá-la” (Mt 10,39).
Utopias à parte, o fato é que os protestos estão aí, e é cada vez maior o número de pessoas e povos inconformados com o desmando dos ricos, os quais entendem o mundo como um lugar APENAS PARA ELES usufruírem da produção, cabendo a nós outros apenas baixar a cabeça e passar necessidade. Assim sendo, fica aqui a nossa adesão aos justos protestos por uma economia mundial eqüitativa, onde a distribuição do pão chegue à mesa de todos, numa gigantesca eucaristia fraterna. Convidamos o leitor a ver os protestos clicando no título deste post.
Utopias à parte, o fato é que os protestos estão aí, e é cada vez maior o número de pessoas e povos inconformados com o desmando dos ricos, os quais entendem o mundo como um lugar APENAS PARA ELES usufruírem da produção, cabendo a nós outros apenas baixar a cabeça e passar necessidade. Assim sendo, fica aqui a nossa adesão aos justos protestos por uma economia mundial eqüitativa, onde a distribuição do pão chegue à mesa de todos, numa gigantesca eucaristia fraterna. Convidamos o leitor a ver os protestos clicando no título deste post.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
A Prova de Tudo: 40 anos no deserto
Uma grande lição de vida nos dá Bear Grylls, todas as vezes que assistimos aos episódios da sua sensacional série “A Prova de Tudo”, e os espectadores cansados de novelas deveriam atentar para isso.
Se estivesse em carne e osso tridimensional, CS Lewis seria, certamente, um fã da série “A PROVA DE TUDO”, do Canal Discovery ou da Record News, e há boas razões para isso. O aventureiro, escritor, biólogo, botânico e montanhista britânico, chefe dos escoteiros ingleses e ex-integrante do Serviço Aéreo Especial (SAS) do 21º SAS Regiment (Artists Rifles – força especial do exército territorial das Forças Armadas do Reino Unido), EDWARD MICHAEL GRYLLS, tem todo o espírito dos heróis narnianos e ama a vida selvagem quase tanto quanto a amava Lewis, autor das Crônicas de Nárnia. Em suas espetaculares aventuras (todas feitas de propósito para ao final explicar como um homem comum, um de nós, sairia vivo de uma situação desesperadora) ele não poupa esforços para ir até onde sua saúde física e mental agüentam, dando ao espectador a certeza de que, se não souber todas as técnicas de sobrevivência, é melhor não se arriscar a fazer incursões por lugares desconhecidos, ou a fechar atrás de si uma porta pela qual venha a se arrepender depois. Para nós sensatos – por assim dizer – que ficamos sempre em casa na segurança e conforto do nosso lar, é muito fácil falar que fez isso ou aquilo em termos de aventuras, mas a verdade é que sem uma boa dose de risco calculado, ninguém jamais fez uma Aventura com “A” maiúsculo, como algumas que Lewis narrou (ER, Lúcia, Gilda, Riliano, Rippi, etc.), e o resto é só passeio.
Houve mesmo momentos mostrados em “A Prova de Tudo” onde aventureiros, como os 4 do filme “A Bruxa de Blair”, se sentiriam extremamente frustrados com sua desventura, não tivessem eles sucumbido em sua busca por uma prova para suas (des)crenças [um dia todos os descrentes certamente morrerão abocanhados pelo monstro em que não creram]. Por outro lado, os judeus devem gostar muito do seriado por se lembrarem, com ele, do quanto foi necessário uma prodigiosa ajuda de Deus para a sobrevivência de seu povo no deserto, durante 40 anos, sem a qual Israel jamais teria chegado a lugar nenhum e seria hoje apenas lembrança de um povo comido por abutres. É claro que muitos alegam que a série é boba porque Grylls está sempre acompanhado de seu cinegrafista. Sim, é verdade, mas como ele poderia filmar aquilo tudo? Ora, se há alguém com ele, este alguém deve ser tão bom quanto ele, ou no mínimo, um bom aluno dele. Por tudo isso, a EAT vem recomendar a cada um de seus alunos, amigos e visitantes que criem o costume de ligar sua TV no Canal Record News, aos sábados, 19:00hs, para ver o Sr. Bear Grylls dar uma magistral “aula de tudo” (porque “sobreviver é tudo”, como dizem os soldados no front), ou então no Canal pago “Discovery*”, terças-feiras, às 21h e aos sábados, às 11h. No título deste post segue link para esta opção*.
Se estivesse em carne e osso tridimensional, CS Lewis seria, certamente, um fã da série “A PROVA DE TUDO”, do Canal Discovery ou da Record News, e há boas razões para isso. O aventureiro, escritor, biólogo, botânico e montanhista britânico, chefe dos escoteiros ingleses e ex-integrante do Serviço Aéreo Especial (SAS) do 21º SAS Regiment (Artists Rifles – força especial do exército territorial das Forças Armadas do Reino Unido), EDWARD MICHAEL GRYLLS, tem todo o espírito dos heróis narnianos e ama a vida selvagem quase tanto quanto a amava Lewis, autor das Crônicas de Nárnia. Em suas espetaculares aventuras (todas feitas de propósito para ao final explicar como um homem comum, um de nós, sairia vivo de uma situação desesperadora) ele não poupa esforços para ir até onde sua saúde física e mental agüentam, dando ao espectador a certeza de que, se não souber todas as técnicas de sobrevivência, é melhor não se arriscar a fazer incursões por lugares desconhecidos, ou a fechar atrás de si uma porta pela qual venha a se arrepender depois. Para nós sensatos – por assim dizer – que ficamos sempre em casa na segurança e conforto do nosso lar, é muito fácil falar que fez isso ou aquilo em termos de aventuras, mas a verdade é que sem uma boa dose de risco calculado, ninguém jamais fez uma Aventura com “A” maiúsculo, como algumas que Lewis narrou (ER, Lúcia, Gilda, Riliano, Rippi, etc.), e o resto é só passeio.
Houve mesmo momentos mostrados em “A Prova de Tudo” onde aventureiros, como os 4 do filme “A Bruxa de Blair”, se sentiriam extremamente frustrados com sua desventura, não tivessem eles sucumbido em sua busca por uma prova para suas (des)crenças [um dia todos os descrentes certamente morrerão abocanhados pelo monstro em que não creram]. Por outro lado, os judeus devem gostar muito do seriado por se lembrarem, com ele, do quanto foi necessário uma prodigiosa ajuda de Deus para a sobrevivência de seu povo no deserto, durante 40 anos, sem a qual Israel jamais teria chegado a lugar nenhum e seria hoje apenas lembrança de um povo comido por abutres. É claro que muitos alegam que a série é boba porque Grylls está sempre acompanhado de seu cinegrafista. Sim, é verdade, mas como ele poderia filmar aquilo tudo? Ora, se há alguém com ele, este alguém deve ser tão bom quanto ele, ou no mínimo, um bom aluno dele. Por tudo isso, a EAT vem recomendar a cada um de seus alunos, amigos e visitantes que criem o costume de ligar sua TV no Canal Record News, aos sábados, 19:00hs, para ver o Sr. Bear Grylls dar uma magistral “aula de tudo” (porque “sobreviver é tudo”, como dizem os soldados no front), ou então no Canal pago “Discovery*”, terças-feiras, às 21h e aos sábados, às 11h. No título deste post segue link para esta opção*.
Assinar:
Postagens (Atom)