Ouvindo o galo cantar no poleiro certo do coração petrino,
um monge beneditino deu a resposta mais contundente ao discípulo que não
conseguiu dirimir a dúvida final acerca da necessidade de pertença a uma denominação
cristã. Neste post, oferecemos com prazer o foco central do argumento
dado pelo monge, o qual pode ser entendido como o resumo mais simples de uma
conversa de quase 3 horas de duração, ocorrida há quase 100 anos. Ipso facto,
como a Escritura diz que nenhuma profecia provém de interpretação particular,
no meio da conversa ouviu-se o seguinte:
“Os protestantes ora pensam que
os padres não conhecem as Escrituras (e por isso deveriam lê-la e estudá-la com
profundidade); ora pensam que eles a conhecem, mas a interpretam mal (e por
isso os padres admitiriam o uso de imagens nos templos, do próprio Cristo no
pão e do Purgatório na vida além-túmulo) [Ressalte-se que esta visão
protestante acerca dos padres às vezes é aplicada até ao papa! – embora com o
papa Francisco temos visto manifestações impressionantes: vide foto]. Ora, há uma enorme confusão aqui, pois
os próprios evangélicos defendem que a Revelação não provém de interpretação
particular e se esquecem que a interpretação de Lutero se enquadra perfeitamente
neste sentido, e foi muito posterior à interpretação católica de 2000 anos.
Então alguém teria que perguntar: qual das interpretações está certa? A mais
velha – a católica – ou a mais nova, de Lutero? Ora, se para cada um dos dois
grupos ambas estão corretas, então como avaliar qual das duas merece mais confiança
lógica? É óbvio que uma ideia mais antiga, e (por isso mesmo) respaldada
num número maior de defensores, teria muito mais chance de estar certa e dar
uma resposta mais precisa para o amontoado de paradoxos da Revelação. E
justamente isso, os paradoxos enxergados pelas diversas interpretações, é que
se tornam a chave-mestra para abrir este intrincado labirinto. Logo, encarar de
frente a chuva de paradoxos que constitui a Escritura Sagrada é a pedra-de-toque
para se filiar de vez à Igreja Católica; pois, sendo a mais velha do
Cristianismo, foi também a que ao longo de um tempo MAIOR dedicou mais
mentes a decifrar todos os enigmas e a encontrar os equilíbrios
necessários à posse da interpretação mais adequada, deixando O Único
Caminho livre e iluminado para a melhor decisão humana de pertença ao
Cristianismo”. Bastaria, por exemplo, ler um Chesterton para deduzir isso tudo.
PS.: Dada a quantidade de conceitos e significados aqui empregados, recomendamos
ao leitor uma releitura do texto acima, para evitar a perda de algum sentido
mais escorregadio entre as palavras.
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