Numa extraordinária produção cinematográfica, o Canal Discovery exibiu um documentário
belíssimo, chamado “Como funciona o universo” (assista-o NESTE link), com as mais
recentes descobertas da Astronomia e da Cosmologia, no qual a certeza da
existência de outros universos é apresentada com cada vez mais convicção dos
cientistas (entre eles Michio
Kaku e Marcelo Gleiser), que não encontram mais outra resposta para o
mistério dos “Buracos
Negros”, senão que estes sejam, plausivelmente, uma passagem instantânea
entre o nosso universo e um outro. Esta passagem, para os mais doutos
cientistas, ganharia um sentido muito mais lógico se constituísse, como todos
estão propensos a pensar, num túnel com dois lados distintos, transparecendo
para nós como uma enorme sucção cósmica, e para o outro lado, como uma
gigantesca “explosão”, como aquela que ficou conhecida por “Big Bang”. Assim sendo, tal
túnel ganhou o apelido jocoso de “buraco de minhoca”, por lembrar os canais
sinuosos que as minhocas fazem em nosso jardim, passando por baixo dos muros e
chegando aos vários jardins de todas as casas de nosso bairro. Eis que, desta
forma, o caso dos buracos negros vêm tocar profundamente em CS Lewis de vários modos,
e seus leitores mais atentos haverão de se lembrar que Jack narrou algumas
viagens deste universo para outros (todos de três dimensões), contando
inclusive os detalhes mais prosaicos das jornadas, como os riscos nelas
corridos.
Lewis mostrou, por exemplo, que entre os vários universos existe uma
“região morta” – na verdade “adormecida” –, chamada “Jardim
entre os mundos”, tecnicamente “plataforma intersideral” (isto porque cada
universo é chamado de sidéreo, e o sidéreo da Terra, como informado através da Vimanosofia, seria o de número
-14, e pertenceria à zona de números negativos do Multiverso). Em tal
jardim, que serve como um perfeito corredor, ninguém poderia morar nem ficar,
pois ali nada acontece e a alma passaria a dormir o torpor da morte, sem
morrer. É, como dissemos, uma plataforma interdimensional, através da qual os
outros sidéreos são alcançados, por livre escolha dos viajantes. Finalmente, o
que se deve pontuar agora é que, para Lewis, o melhor – ou talvez único – modo
de se empreender uma viagem dessas, seria através da Magia, e não por um vôo de
foguete, o qual voaria apenas DENTRO de nosso universo, e jamais ultrapassaria
as fronteiras deste (esta ele contou ter ouvido dos anjos na Trilogia
Espacial). Isto deixa em nós o terror pelo dia em que os governos do mundo, comandados
subterraneamente por militares a serviço do ‘Um-torto’, consigam descobrir
a chave-mestra que lhes abra a porta da Magia, e assim todo o universo correrá
perigo, como Lewis disse nas Crônicas de Nárnia e na Trilogia (“Esta força
medonha”). Deus tenha piedade de nós.
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