Não é possível ser um bom cristão sem conhecer GK
Chesterton, assim como CS Lewis, São João da Cruz, São Francisco, Santa Tereza
e outras figuras de peso na vasta galeria de grandes cristãos, se nossa memória
não faz injustiça por esquecer de citar outros nomes. Todavia, com o perdão da
omissão, quero centrar este post na
figura singular daquele inglês erudito, autor do livro “O Homem Eterno” e
muitos outros de elevada categoria, para quem o conhece pelas lides literárias.
Chesterton possuía um discurso inteligentíssimo, cheio de sutilezas e
trocadilhos geniais, capazes de sozinhos alicerçarem toda a sua Teologia,
calando tanto crentes quanto descrentes. São dele os argumentos mais sólidos na
defesa da primazia e hegemonia da Igreja Católica, demonstrando por lógica
irretorquível a validade da crença de que o Senhor Jesus de fato fundou uma só
Igreja, ou pelo menos, desejou uma só Igreja, e que esta teve em São Pedro a pedra
filosofal (a pedra fundamental é Cristo) e doutrinal do legado dos apóstolos,
não cabendo a nenhum outro o direito – ou mesmo a necessidade – de se fundar
outra igreja, ou de colocar na única válida outro fundamento, além do apóstolo escolhido
por Jesus. Se a Noiva de Cristo claudicou e chegou ao fundo do poço, ou ao
ponto de vender indulgências, a solução era a paciência e a influência profunda
do Espírito Santo por meio de orações a Deus, pedindo ao próprio defensor de
sua Noiva um novo rumo, o que infelizmente não foi feito, resultando apenas numa
contra-reforma apagadora de incêndio, a qual trouxe, por não cortar o mal pela
raiz, o divisionismo e a proliferação de denominações (enfim, prejuízo ao Reino
de Deus!). Mas prossigamos. Em Chesterton, além da defesa perfeita da doutrina
católica, encontramos a exatidão da harmonia com a idéia católica acerca de
Maria Santíssima, ao ponto de dar a melhor explicação acerca do valor divino da
Virgem. Conta-se em livro que os anglicanos atribuem aos católicos o que chamam
de “honra excessiva” à Mãe de Deus. Chesterton, com a intuição própria das
pessoas simples nas questões da Mariologia, com uma só sacada resolve a
tradicional divergência entre católicos e anglicanos sobre a justiça do culto à
Nossa Senhora. Ele relata que ouviu dois anglicanos que mencionavam com
estremecido pavor uma terrível blasfêmia sobre a Santíssima Virgem, de um
místico católico que escrevia: “Todas as
criaturas devem tudo a Deus; mas a Ela, e somente a ela, até o próprio Deus
deve algum agradecimento”. Isso – contou
Chesterton – o surpreendeu como o som de uma trombeta tocada por anjos, e
ele disse a si mesmo quase em voz alta: “Que maravilhosa descoberta!”. Eis
porque não há razão alguma para não ser católico, pois somente no Catolicismo a
mãe de Deus recebe as honras absolutamente merecidas à sua santidade.
segunda-feira, 20 de abril de 2015
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