Embora a Teologia
cristã parta do princípio inegociável de que ninguém conseguirá “ficar” no Céu
se não tiver adquirido santidade (Hb 12,14)
por meio do arrependimento genuíno dos seus pecados, o papel da crucificação de
Cristo ainda gera muitas dúvidas na cristandade, inclusive dúvidas em bons pregadores, como
o Pr. Ed René Kivitz. CS Lewis foi o único que, ao explicar a questão do
“ficar” no Céu, trouxe a resposta que responde tudo, a saber: que não
adquirindo a santidade completa (ou o bom caráter espiritual profundo), a alma
da pessoa não irá gostar ou apreciar o ambiente celestial e preferirá, de livre
e espontânea vontade, manter-se longe daquele lugar “piegas e enfadonho, cheio
de santinhos babões”, descendo feliz à sua solidão presunçosa, a qual lhe dá os
aplausos de sua ilusão e autojustificação (este lugar da solidão presunçosa é o
tal “grande abismo”, que a Igreja entendeu como Purgatório). Quem quer que
entenda isso terá a visão perfeita da verdade de Deus, e perderá toda a má
compreensão da ausência de pecado em quem se entregou a Cristo, pois esta
entrega não pressupõe uma extinção dos atos e sentimentos pecaminosos, cujo
combate precisa ser travado diariamente, “ferindo a serpente na cabeça”, como
ensinou Lewis em seu livro "Mere Christianity" ("Cristianismo Puro e Simples").
Como este assunto foi um dos mais reprisados por esta Escola (procure nos posts antigos), só temos agora a lamentar que irmãos tão preparados, como o Pr. Kivitz, tenha demonstrado interpretação tão desastrosa para a frase de João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus que TIRA o pecado do mundo”. Porquanto nem João, nem Jesus e nem o Novo Testamento inteiro quiseram dizer que a ida de Jesus à cruz eliminou ou extinguiu todos os pecados do mundo, pelo contrário: a cruz expôs a vergonhosa verdade de que o planeta Terra é tão pecaminoso que chegou a matar Deus, e que o pecado é tão descomunal que somente Cristo estaria livre dele, e nem mesmo Ele esteve livre na cruz, pois a Escritura diz que Ele se fez pecado por nós. O pecado tomou conta de tudo, ao ponto de cegar Jesus, e o fazer dizer: “Pai, Pai, por que me abandonas-te?”. Logo, neste caso, quando João disse que Ele tira o pecado do mundo, ali se dizia: “O mundo inteiro jaz no maligno, e o único lugar onde o pecado não entrou como proprietário da alma, foi na alma de Jesus, embora seu corpo tenha sido coberto e ferido pelas nossas transgressões”. Enfim, quem quer que se entregue a Jesus precisa abrir o olho e ficar 100% vigilante, “para que não entreis em pecado”, como Jesus mesmo advertiu em Marcos 14,38. É isso. Olho vivo!
Como este assunto foi um dos mais reprisados por esta Escola (procure nos posts antigos), só temos agora a lamentar que irmãos tão preparados, como o Pr. Kivitz, tenha demonstrado interpretação tão desastrosa para a frase de João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus que TIRA o pecado do mundo”. Porquanto nem João, nem Jesus e nem o Novo Testamento inteiro quiseram dizer que a ida de Jesus à cruz eliminou ou extinguiu todos os pecados do mundo, pelo contrário: a cruz expôs a vergonhosa verdade de que o planeta Terra é tão pecaminoso que chegou a matar Deus, e que o pecado é tão descomunal que somente Cristo estaria livre dele, e nem mesmo Ele esteve livre na cruz, pois a Escritura diz que Ele se fez pecado por nós. O pecado tomou conta de tudo, ao ponto de cegar Jesus, e o fazer dizer: “Pai, Pai, por que me abandonas-te?”. Logo, neste caso, quando João disse que Ele tira o pecado do mundo, ali se dizia: “O mundo inteiro jaz no maligno, e o único lugar onde o pecado não entrou como proprietário da alma, foi na alma de Jesus, embora seu corpo tenha sido coberto e ferido pelas nossas transgressões”. Enfim, quem quer que se entregue a Jesus precisa abrir o olho e ficar 100% vigilante, “para que não entreis em pecado”, como Jesus mesmo advertiu em Marcos 14,38. É isso. Olho vivo!
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