O mundo atual, que impõe a tal “Ditadura da Beleza”, vai se espantar com uma verdade bombástica acerca da “beleza” de Jesus. Esta Escola já tocou neste assunto diversas vezes, inclusive possui um livro (de autoria do professor JV) no qual o assunto é debatido, em relação à humildade de Jesus, de seu lar e de sua família, pelo grau de proximidade e familiaridade da aparência física de Cristo com sua mãe, única parte humana envolvida em sua concepção. E nem mesmo nos sentimos constrangidos ou “excomungados” por nossos sentimentos de membresia católica e isso inegavelmente ferir, de certa forma, a compreensão e a simpatia majoritária da Santa Sé. Porquanto não temos maiores informações sobre o grau de aceitação do Vaticano acerca dos estudos do professor Richard Neave (veja AQUI) que, mesmo com todo o cuidado para averiguar o máximo possível de similaridades com as fisionomias judaicas masculinas da época de Jesus, não pode garantir qualquer exatidão ao resultado de seu esmerado trabalho, o qual, a nosso ver, tem muito mais base lógica e científica do que bíblica (se é que a Bíblia dá alguma pista da aparência de Jesus, como deu de Sarai, mulher de Abrão – Gn 12,11 –, de Moisés – Ex 2,2 – e da amada de Salomão, Tirza – Ct 6,4), embora Isaías confirme que “NENHUMA beleza havia em sua aparência” (Is 53,2).
Desta forma, por nossas pessoais simpatias com os rostos rústicos dos últimos
grandes primatas que antecederam o Homo
sapiens sapiens na escala evolutiva (como o Neandertal e o Cro-Magnon), e
por já termos descoberto toda a infinitude da humildade de Cristo, não
recuaremos e afirmaremos ter profunda simpatia para com um “Jesus
neandertalesco”, semelhante ao desenho do professor Neave (fotos deste post:
clique nelas para ampliar e ver melhor). O que mais impressiona, a nosso ver, é
que embora não haja qualquer prova definitiva da veracidade
do Santo Sudário fora de ambientes católicos, os retratos falados do
misterioso Lençol de Turim apontam
para o rosto de um homem do tipo “rude”, de feições largas e ossos da face bem
pronunciados, inclusive com sinais de possuir arcadas supraciliares
proeminentes! Isto é como calar uma matraca, e quase chega à descrença geral
como uma cusparada no nosso rosto fino! Neste caso, somente a Santa Sé e o Zé
Povão, nesta era de “ditadura da beleza”, ficarão decepcionados com a “feiúra”
de Cristo, segundo a ótica deturpada da mediocridade atual. Enfim, se um certo
dia no início do Juízo Final, Jesus aparecer e nos mostrar aquele sublime Rosto
para quem Lewis tanto chamou a nossa atenção, e ali vislumbrarmos um ser que
nasceu na pré-história e herdou em si toda a aparência dos antecessores de
Adão, não irei tremer nem rir, e ainda perguntarei: “como um Macaco um dia se
transformou num Homem, e como o Filho do Homem um dia se transformou num Leão?”...
Nenhum comentário:
Postar um comentário