Uma recente e extraordinária descoberta vem abalar os
alicerces presunçosos da Ciência Oficial e também do
“cristianismo-água-com-açúcar”, quando expõe que um grupo de cientistas da Universidade Humboldt de Berlim, na Alemanha,
descobre boquiaberto o fato de chimpanzés terem um ritual de crença em Deus,
como se sentissem a existência do Criador em suas almas e também na Natureza
exterior (confira
um resumo da matéria AQUI). O fato em si não é, a rigor, para nós desta
Escola, uma retumbante “novidade”, vez que somos um tipo de “evolucionista
misto”, ou seja, que cremos na Criação evolucionária de Deus, no fato de ter o
Senhor iniciado todo o processo criativo e ao mesmo tempo lhe deu, de modo
“automático” (por assim dizer), o mecanismo de auto-desenvolvimento, como uma
alma em constante busca pela perfeição, uma lei válida em todo o Universo
(Multiverso). Com efeito e contudo, toda a dificuldade de aceitação desta
evidência por parte dos cristãos reformados se dá pela errância na
interpretação das Escrituras, que os leva a entender a Criação, no livro do
Gênesis, como descrita literalmente no texto sagrado, o que não condiz
coerentemente com outras tantas passagens bíblicas, naquilo que chamamos de um
erro de contextualização. A dúvida deveria, pela lógica de Cristo, ser
encerrada na simples constatação de que não pode haver contradição na Revelação
(como ela mesma diz, “nada podemos contra a verdade senão em favor da verdade” –
II Coríntios 13,8), e por isso nenhum texto pode ser desprezado, o qual tem que
enquadrar-se logicamente no sentido final da Escritura. Porém isso tudo exige
um dom flagrantemente raro em nossos dias, a saber, o “discernimento
inteligente da maturidade psicológica”, que leva uma mente cristã a associar
coisas espirituais com coisas espirituais (I Coríntios 2,13) e coisas
espirituais com materiais (João 6,48-56), dada a espiritualidade das coisas.
Como esta Escola já ensinou diversas
vezes em livros e artigos,
a Evolução
das Espécies e das coisas é muito anterior à própria criação da matéria, uma
vez que as coisas espirituais foram criadas ANTES das materiais, e para que a
escalada evolutiva dos mamíferos ocorresse, foi necessário uma lenta e
inexorável evolução celular, que por sua vez pegou carona na evolução dos
elementos constitutivos da matéria, que por sua vez foi resultado da evolução dos
éteres anímicos de todos os seres que Deus desejou criar para seu diálogo e
amor infinito. [Neste sentido, NINGUÉM ESTÁ 100% criado, pois, à exceção de
Deus, toda a Criação continua a evoluir
para sempre, vez que só Deus é perfeito e Ele desejou CONDUZIR todas as naturezas à perfeição (como
explicou CS Lewis na ‘Trilogia Espacial’)]. Finalmente, saber agora que nossos
primos macacos também creem em Deus é um alento e uma glória sem fim para nossa
espiritualidade, irmanando-nos como nunca jamais fez a Ciência ao longo de sua
evolução, provando que esta conduz à Verdade de Deus e à Revelação das Escrituras!
Que toda a Teologia Cristã passe a contemplar, sem desvios e cegueiras, esta
jóia preciosa da revelação da espiritualidade dos macacos, a qual chegou para
nós como Paulo chegou para o colégio de apóstolos, i.e., como um irmão gêmeo
que “nasceu atrasado”. Glória a Deus por nos revelar tais coisas e não
amordaçar a sua boca.
domingo, 5 de junho de 2016
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