Temos visto aqui diversos mistérios do mundo serem enfocados
e comentados por nós, quase como que a bater na mesma tecla e dizer: “olhe, o
mundo é mesmo um gigantesco labirinto de Creta, e o Minotauro pode estar dentro
e fora dele!”... Sim, é aí que está o “X” da questão. Porquanto nos acostumamos
a localizar um mistério divino – ou demoníaco – lá fora, como a falar
igualzinho a um Chris
Carter, que criou um seriado de TV que começava dizendo: “a verdade está lá fora”. Mas a verdade
é que a verdade pode estar aqui e ali DENTRO, e assim tanto o interior quanto o
exterior são duas sinistras faces da mesma moeda mágica, da qual suas figuras
não passam de ilusão real, ou seja, parecem estar lá mas não estão como deveria
parecer! Até uma descrição enviesada que parece apenas a retórica de um jogo de
palavras pode ser muito maior do que seus trocadilhos indicam, e ao final
apontarem para uma pobreza decisiva para a não compreensão do jogo. Enfim, já
posso dizer que esta Escola pode ter descoberto uma situação real que comprova
tudo isso, a saber. Ora, somos fãs e amantes de mistérios, como também o era o
nosso mestre CS Lewis, e por causa deles fundamos escola de pensamento,
corrente de interpretação e sites de informação, tudo para levar os olhos
humanos a enxergar, lá fora, aquilo que a própria realidade teima em esconder
de nós, ou está sendo vítima de uma ocultação humana da verdade dos fatos. Isto
se deu com o caso dos discos voadores, dos extraterrestres, dos antigos
astronautas, das aparições de fantasmas, dos animais estranhos
(criptozoologia), dos monstros marinhos e lacustres, do pé-grande, etc. Todavia
e para nossa alegria de crença comum com Lewis, o Mistério ocupa todos os
espaços e por isso o encontramos internamente, como agora o apontaremos DENTRO
da Igreja Católica, para nós, a mais misteriosa das religiões. Refiro-me ao Mistério da Virgem de Guadalupe, que o
leitor deve pesquisar NESTE
link, antes mesmo de tomar uma posição contra ou a favor. E ali, no
excelente artigo do Philipe Kling David,
o mistério se reveste de toda a sua pompa para desfilar, soberano, diante de
nossos olhos míopes e sectaristas, no eterno apego humano às suas predileções e
vícios. Porquanto preferimos sempre olhar com bons olhos aquilo que nossa casa possui, ou aquilo que nossa
empresa produz, ou aquilo que nossa visão nos aponta. Se estivermos, por exemplo, engajados a uma
religião telúrica, quase só conseguiremos ver coisas arenosas ou com cor de
terra, e jamais nada azul ou lilás nos encantará. Mas se não estivermos
engajados, então poderemos ver o azul e o lilás lá na religião do outro, lá na alteridade da fé, que
até então só acatávamos como direito de opinião pessoal. Logo, é preciso integrar-se a uma religião cristã, sem
dúvida, mas jamais entregar-se a ela,
pois a entrega vai cegar para todo o resto do Cristianismo, lá longe, lá onde
moram todos os mistérios!
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