Aos 25 de outubro de 2014, está o eleitor brasileiro diante
de mais uma das inúmeras encruzilhadas que o destino nos apresenta, durante
toda a nossa vida, sem distinção de raça, religião ou classe social. E é uma
encruzilhada “dos diabos”, por assim dizer, sem nenhuma hipérbole para
negociar. Porquanto dela está a depender todo o futuro de nossa nação, nossa
pátria amada segundo o Hino, que pode começar a bater na porta do inferno ou a
subir do profundo poço escuro em que está metida, há muitos anos. Tudo depende
de nós, felizes ou infelizes eleitores tupiniquins, nas mãos de quem foi
colocada uma flor ou uma serpente, enquanto indivíduo, ou uma bomba atômica,
enquanto sociedade. É preciso ser bem consciente nesta hora, ou quase perfeito,
para descobrir, entre as infinitas galhas podres, aonde se esconde a preciosa
fruta que as gerações futuras irão digerir. Num país como o nosso, e diante dos
sonoros sinais dos tempos que este século exibe, o único e último valor sobre
os ombros dos conterrâneos é o seu voto (não o útil, mas o melhor, devendo cada
eleitor maduro abominar este nefasto conceito de voto útil, que só serve para
enricar os já ricos e manipulados institutos de pesquisa!), pérola preciosa da
misericórdia de Deus para evitar o inferno das ditaduras. Enfim, a lição maior
é a de que, com tantas e tão decisivas encruzilhadas do destino, cada eleitor
já deve ter visto que “a vida vem em ondas como o mar” e em cada uma o ser
humano precisa acertar na mosca, porque quase nunca se vê voltar uma
oportunidade perdida.
Como disse a música de Lulu Santos (“Como uma onda”), “nada do
que foi será do jeito que já foi um dia”, porque “tudo muda o tempo todo” e só
os loucos e os cegos não enxergam a contínua “metamorfose das nuvens”, que faz
com que nós mesmos não sejamos mais os mesmos a cada dia. CS Lewis deu tanta
importância à questão das oportunidades da vida que, certa vez, ao falar da
preocupação de um crente com uma suposta injustiça da parte de Deus, afirmou
sem susto que Deus saberá perfeitamente reconhecer as condições que você
encontrou em sua vida e em seu corpo para caminhar assim. Nas palavras dele: “Mas, se você é um dos pobres – envenenado
por uma criação miserável numa casa cheia de ciúmes vulgares e brigas gratuitas
–, sobrecarregado, independentemente da sua vontade, por uma abominável
perversão sexual – espicaçado noite e dia por um complexo de inferioridade que
o leva a perder a paciência com seus melhores amigos –, não se desespere. Ele
está bem ciente de tudo isso. Você é um dos pobres que ele abençoou. Ele
conhece a máquina estragada que você tenta dirigir. Vá em frente. Faça o
possível. Um dia (talvez em outro mundo, mas talvez muito antes disso) Ele
jogará essa máquina no monturo de ferro-velho e lhe dará uma nova. E então você
poderá nos surpreender a todos — inclusive a si mesmo: pois aprendeu a dirigir
numa escola bem difícil”! Grande Jack!
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