Quem jamais se perguntou
sobre se gosta ou não das festas de fim de ano? Quem jamais deixou de notar o
quão cruéis podem ser as melhores relações de amizade naquelas ocasiões
natalinas, onde a sociedade inteira não consegue disfarçar as suas intenções
maliciosas e acaba pondo as unhas de fora? Enfim, é uma hora para questionar
coisas que todo mundo sabe, mas ninguém quer dizer ou tem coragem para chafurdar
o período tão pararicatório das festas de fim de ano, no qual cada indivíduo é
OBRIGADO – com todas as letras maiúsculas – a engolir pedras e lagartos, ou engolir
o sapo das conversas mais enviesadas dos parentes e vizinhos. Assim sendo, este
comentário que agora fazemos, baseado na sensacional crônica de Matheus Pichonelli (por favor leia-a
ANTES de continuar aqui NESTE
link), vem aferventar aquela lenga-lenga pegajosa dos últimos dias do ano,
onde uma procissão de chatos de galocha sempre vêm bater à nossa porta, e somos
obrigados a dar – ou a perder – presentes em "amigos secretos" que muitas vezes nem são amigos(!), somos obrigados a comer peru (mesmo detestando a tão graciosa ave),
e pior, a comer panetone, uma ridícula massa
amorfa sem gracíssima, que só deve satisfazer ao seu inteligente inventor, que
enricou na época do Natal. Não é à-toa que as profecias indicam o fim do mundo como
ideal para a época do Natal (por isso ele se chama
"Advento") e o fim do ano – de qualquer ano no Ocidente –, como
se o próprio Deus estivesse de saco cheio dessas “festas associadas ao pecado” (Amós
5,21 e Isaías 1,11-14) e dessas pararicações endereçadas a um tal de “bom
velhinho”, que nem se parece com Deus-pai (que não é velho!), nem com o Menino
Jesus (o verdadeiro aniversariante do dia, e esquecido por todos!), e muito
menos com o verdadeiro Nicolau, o risonho e corajoso idoso que CS Lewis tão bem
apresenta no seu “O Leão,
a feiticeira e o guarda-roupas”, que o leitor pode ver também no cinema e em vídeo. Enfim, é uma
série inesgotável de decepções produzidas pela humanidade em sua época mais
bonita, cujo único ponto positivo se deve ao cumprimento da profecia (Mateus
24,28-30) de que, até o último dia do mundo, Jesus faria o trigo conviver
com o joio e sofrer deste estas chatices e malícias. Haja saco, até para o
papai Noel!
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