É o hino 376 do CANTOR CRISTÃO, muito utilizado
na Igreja Batista tradicional. E pior, traz o nome de “Salvação Perfeita”, mas
a letra, de perfeita não tem nada. Ouça o hino antes de continuar, clicando NESTE link. Veja o que
diz a primeira estrofe e o refrão que se repete todo tempo: “Livres do medo
temos ficado;/Cristo morreu levando o pecado;/Eis o resgate: o pacto de
fez;/Fomos remidos de uma vez!/”(...) O refrão diz: “De uma vez, oh, sim,
acredita!/Ó pecador tens sorte bendita!/Tudo Jesus por nós satisfez!/Cristo
salvou-nos de uma vez!”. Onde está o absurdo e o simplismo ilógico da doutrina
protestante? Trata-se de iludir o povo com uma mensagem que induz o pensamento
de que a salvação é alcançada DE UMA VEZ!
É a ilusão confortável e populista (não é à-toa que as igrejas evangélicas
estão lotadas!) de que Deus fez tudo por nós e que não há nada mais para
fazermos, a não ser crer nisso! É como se chegássemos para um bicho-preguiça e
disséssemos: “Ei, bicho, Deus te salvou!”; e a preguiça perguntasse: “Que eu
preciso fazer?”; e a resposta fosse: “Nada, só continuar dormindo”.
Esta Escola tem batido sempre nesta tecla: quando a Teologia
cristã diz que “Deus já fez tudo o que era preciso fazer”, está também dizendo
que “Deus só fez o que LHE era possível fazer”. I.e., toda a obra da morte e
ressurreição de Jesus só podia alcançar até onde o Livre-arbítrio humano LHE
permitia ir, ou seja, garantir que não houvesse condenação pelos pecados
cometidos até ao dia em que a alma perdida decidisse aceitar Jesus. É como um
selo de garantia de que Deus não olhará mais os pecados do passado, e, naquele
exato instante, se a pessoa morresse (como o bom ladrão na cruz), não teria
mais dívida com a perfeição exigida pelo Reino de Deus. Porém, como é óbvio,
raras pessoas morrem no mesmo dia em que aceitam Jesus! Logo: o que dizer dos
pecados cometidos após a decisão, quando a alma não consegue vencer um vício
antigo e volta a praticá-lo? (Aqui os protestantes se saem com uma ‘astúcia
fina’ ao dizer: “Então aquela alma não havia se convertido de fato!”; porém pergunto:
quem é que aceita a Jesus e se converte de modo completo? Ninguém! Pois
conversão é um processo, e, como tal, necessita de tempo, tal como a confiança
e o amor, que são as duas ferramentas da salvação). Logo, quando o ilusório
hino “Salvação Perfeita” repete a expressão “Cristo salvou-nos DE UMA VEZ”,
está cometendo uma heresia sutil, enganando seus próprios seguidores. Ninguém é
salvo DE UMA VEZ, pois a salvação não depende só de Deus! Depende de um troço
chamado “vontade humana”, e esta é teimosa e rebelde, pegajosa e viciosa, ilusória
e traiçoeira (Jr 17,9). Você não é salvo de uma vez, pois precisa cuidar para
apegar-se às boas obras – único modo de mudar seu caráter pecador – que precisarão lapidar seu coração de pedra, até
ele se tornar um coração de carne. Isso leva tempo, suor e lágrimas: pode crer
aqui sem medo. Ninguém está salvo DE UMA VEZ: Deus já fez tudo, sim, mas você
não é um bicho-preguiça e precisa levantar e trabalhar para lavar sua alma. E
se não conseguir lavá-la de todo na Terra, a
salvação garantida por Jesus ainda lhe garante uma temporada no Purgatório, na
qual o mesmo processo de purificação terá lugar. Fique tranqüilo, mas
jamais negligente. Finalmente, o tal hino “Salvação Perfeita” é tão absurdo que
tem ainda esta triste frase: “Cristo enriquece de uma vez!”: Não parece coisa
da teologia da prosperidade?quinta-feira, 10 de julho de 2014
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