OS PURGATORISTAS – A
IGREJA ESTÁ PRECISANDO DE UMA NOVA ORDEM
Escrevi esta carta para um padre amigo, responsável por uma
idéia brilhante no seio da Igreja. Ei-la:
- PREZADO PADRE:
Adorei sua resposta, verdadeira, corajosa e direta, porque tenho sentido falta
e me entristeço muito com certa omissão (dos próprios católicos) em relação a
revelarem o Purgatório, para mim uma verdade fundamental. Em vista disso tudo,
andei até pensando em fundar ou em como o Catolicismo atual poderia fundar uma
espécie de "ORDEM" ou uma “nova Comunidade”, a qual tivesse como seu
principal carisma e sua principal missão divulgar e explicar o Purgatório (bem
como os outros “Novíssimos”)
para as massas alienadas de hoje. Pensei inclusive que o nome de uma tal Ordem
seria justamente "Os
Purgatoristas", e assim o Catolicismo passaria a contar com um Grupo forte de defensores da Escatologia
Católica, tão em falta na atualidade. Enfim, gostaria de ouvi-lo a
respeito, me consolar nesta "solidão", fazer-lhe um convite e até,
quem sabe, receber do sr. um
endereço, um site, ou qualquer coisa que me leve a ter contato com
católicos purgatoristas. Certo? Ficarei no aguardo de sua resposta. Outrossim, lembro
agora de outra doutrina católica flagrantemente omitida ou suprimida dos
encontros católicos, inclusive de missas semanais, que é a da pregação da necessidade imperiosa do Sacramento da
Confissão/Penitência como condição sine
qua para a “ingestão” do Cristo Eucarístico! Ora, a não menção constante
deste dogma provoca uma implosão epistemológica em todo o corpo doutrinal
católico, levando a santa missa e toda a mensagem de Deus à banalidade e
relativização perigosa, pois deixa no ar a idéia satânica de que qualquer
pessoa, sob qualquer condição, pode ingerir a Hóstia do Senhor, como se o
pecado não levasse à condenação dos comungantes impuros! (I Coríntios 11,27-29):
Padre, é isto o que tenho visto em praticamente TODAS
as paróquias que tenho visitado, inclusive na minha própria (após a mudança de
pároco por aposentadoria). Porquanto o padre anterior, o homem santo de Deus que
celebrou o Sacramento do Matrimônio deste que lhe escreve, sempre batia
duramente na tecla da necessidade de penitência, e de fato encaminhava todas as
almas a esta maior intimidade com Deus, por meio da Confissão. O pior, padre, é
que tenho o forte pressentimento de que esta situação, de abandono da doutrina
da confissão, não está sendo orquestrada apenas pelos padres “de frente”, mas
pelos próprios bispos, que parecem estar interessados apenas em encher os
templos, mesmo que de almas espiritualmente raquíticas e fracotes na fé. Apenas
aponto (se não me falha a memória) que João Paulo II e seus dois sucessores fixaram
a recomendação contrária, i.e., que os padres deveriam exigir sempre a Confissão
para a perfeita comunhão no Corpo de Cristo, e assim o quadro atual parece estar
mostrando uma flagrante desobediência ao Santo Padre. Enfim, é isso. Se o
senhor puder comentar isto tudo com alguma informação alentadora, ficarei grato
aos céus. Saudações cristãs.
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