Compondo e interpretando de modo magistral um episódio
emblemático da Idade Média, a diva britânica de origem celta, Loreena McKennitt, encanta os ouvidos
mais sensíveis com sua belíssima “The
Mummer’s Dance” (na velha Gália, o mummer era o monge encarregado de
deixar as coisas em ordem, mas principalmente, de manter o silêncio do
mosteiro), que no Youtube
já encontramos legendada com a belíssima poesia, que trata de um
reconhecimento laudatório do trabalho dos monges, verdadeiros salvadores da
mensagem de Deus ao mundo (os monges foram, na época em que o “analfabetismo” e
a ignorância geral impedia qualquer leitura das Escrituras Sagradas, aqueles
que mantiveram a luz da Palavra de Deus acesa no mundo, impedindo que o Depositum Fidei fosse tomado e queimado nas muitas invasões
bárbaras da chamada Era das Trevas). Reconhecimento este que traz a singeleza
de uma caminhada pelos campos (à vista dos passarinhos cantadores das ninfas), à
semelhança do Caminho de Santiago, dos quais se colhem rosas e guirlandas de
flores para ornamento do templo, lugar sagrado de sociabilização dos monges,
nas únicas ocasiões em que deixavam um pouco a clausura e a contemplação.
Assim, portanto, ouvir agora “A Dança dos Monges”, em plena era da tecnologia
fria das máquinas, é um presente divino aos corações saudosistas, que recebem
de Deus a bênção de recordar uma época nebulosa, mas que pela coragem heróica
daqueles homens de oração, fez chegar até nós o texto bíblico, junto com um
discipulado próspero em crescimento espiritual aos cristãos. Coincidência ou
não, o nome de nossa cidade-sede (Fortaleza) também é uma referência longínqua
àquela Era em que os bons e os santos conseguiam segurança nas cidades-fortes
de então, protegendo a fé que a modernidade banalizou. Aqui, portanto, rendemos
homenagem a este grande momento da música mundial, em que o nome de Loreena se
inscreve para sempre na categoria das melhores divas da música céltica, no mesmo
patamar de uma Enya e de uma Sarah Brightman.
Que Deus dê saúde e vida longa para elas!
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